quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

"Se queres a paz, prepara-te para a guerra".

por Austri Junior


O assunto do dia, e dessa semana, é a compra dos caças suecos, feitos pela presidente Dilma Rouself. Essa notícia está dominando os meios de comunicações e toda a mídia televisiva, radiofônica e eletrônica. Pelo novo contrato, a tecnologia dos caças suecos será transferida para o Brasil. Será?

Muitos são contra essa compra. Eu não! O grande general Duque de Caxias disse: "Se queres a Paz, prepara-te para a guerra". A presidente Dilma Rousself contextualizou (pós-modernamente) muito bem essa máxima do Duque de Caxias. Disse ela: "O Brasil é um país pacífico, mas isso não significa que deve ficar indefeso". Nunca pensei que um dia concordaria com a Dilma em alguma coisa, mas tenho que admitir: Concordo plenamente!

Muito se questiona sobre a compra desses aviões e sobre a necessidade da compra desses aviões. Eu penso que nunca saberemos quando um louco vai nos atacar. Há pouco, faleceu o louco ditador da Bolívia, Hugo Chaves, que eu considerava um grande perigo para a humanidade e principalmente para o Brasil, mas ainda temos o Evo Morales, aquele que "confiscou" as propriedades da Petrobras em território boliviano. O Chaves se foi mas deixou um louco pior que ele no poder: O louco "espiritualista", Nicolás Maduro (digo "espiritualista" porque segundo o próprio Maduro, ele vê o Chaves, e conversa com o Chaves). 

A Inglaterra, por exemplo, nunca imaginou que seria desafiada à guerra, pela pobre e decadente Argentina, que entrou na guerra das Malvinas com a cara e a coragem, e saiu derrotada. É claro que se sofrermos um ataque externo vindo  do mar, pouco ou quase nada poderemos fazer. Numa guerra contra os gigantes, EUA e Reino Unido por exemplo, estaremos fritos no sal. Mas precisamos nos precaver. Os caças que compramos da Suécia são fracos, pois são caças monomotores, desenvolvidos especialmente para defender o território sueco, que é muito pequeno (e diga-se de passagem, a Rainha sueca é brasileira, a Rainha Silvia). O Brasil, por ter um território muito maior, precisa de aviões bimotores, mas segundo os especialistas, adquirir aviões monomotores não nos trará muitas dificuldades, pois a nossa força Aérea tem a tradição de operar aeronaves monomotores. O que precisaremos é ampliar os nossos números de bases aéreas dentro do nosso território.

Porque compramos os caças da Suécia? Porque a rainha sueca é brasileira? Não! Compramos os caças da Suécia porque a Dilma (e aqui eu tiro o meu chapéu para ela) deu o troco político nos EUA, por causa da espionagem comercial contra nós, disfarçada de espionagem contra o terrorismo, e porque os caças suecos são muito mais baratos que os caças norte americanos. Porque não compramos os caças da França? Porque o Lula teve uma rusga com a França, quando apoiou o louco do Ahmadnejad (do Irã), e a França ficou do lado dos EUA. Aliás, que isso sirva de lição e visão para os governantes latinos americanos: Quando o assunto é a guerra física ou diplomática contra os EUA, os seus amiguinhos, a Inglaterra, a França, e a Alemanha, entre muitos outros  países europeus, sempre se colocarão contra os desafiantes e "inimigos" dos EUA. A America Latina que se una, pois caso contrário...

Para finalizar, quanto ao Brasil, preparemo-nos para a guerra (o Duque de Caxias estava coberto de razão), pois nós possuímos 20% de toda a água do planeta, e detemos a maior parte da floresta amazônica que é milionária em riquezas minerais e botânicas. Além disso temos o petróleo e o pré-sal. Tudo isso é motivo suficiente para os dominadores e poderosos declararem a  guerra e para invadirem os ostros países. 

Todos os dias, à caminho do trabalho (ao contrário da Angélica, que vai de táxi, eu vou de ônibus), eu leio uma pichação em um muro no bairro Carapina, em Serra-ES, que diz: "ENQUANTO HOUVER FOME HAVERÁ GUERRA". Ledo engano! As guerras não se travam em função da fome. A fome existe por causa das guerras, por causa da corrupção política, por falta de emprego, pela super população mundial... As guerras se travam por disputa de poderes, por questões políticas, por domínio de territórios, por questões petrolíferas, por causa dos armamentos atômicos..., e no futuro, as guerras se darão principalmente pela posse da água. Com certeza o Brasil está na mira dos poderosos.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Profissão Teólogo


No dia 30 de Novembro, o Brasil comemorou o Dia do Teólogo. Nesse contexto reflexivo cabem algumas perguntas interessantes – eu gosto muito das interrogações, porque mais importante que saber as respostas, é saber quais perguntas devemos (ou podemos) fazer.  Entre essas perguntas, existem duas que considero não somente interessantes, mas extremamente importantes, para que a nossa reflexão possa avançar.



São elas:
1.   Teólogo por quê?
2.   Teólogo para quê?

Conversando sobre a primeira pergunta
A resposta para a primeira pergunta: 'Teólogo por quê?' é subjetiva, e, evidentemente, eu só poderia responder essa pergunta baseada nos meus ideais. É claro que muitos candidatos a Teólogos chegam à academia, cheios de ideais (espirituais), confundindo facilmente a Teologia com a religião, e entre os objetivos principais da escolha de um candidato pela Teologia, está a doce ilusão pelo 'conhecimento profundo da Palavra de Deus'. Nessa busca profunda pelo ‘conhecimento profundo da Palavra de Deus’, estão embutidos vários interesses e conceitos. Esses interesses podem ser, entre outros, inocentes, infantis, ou arrogantes. Em algumas pessoas, aparecem os três casos ou mais.

Os inocentes
Os inocentes se decepcionam e não duram muito, logo vão embora, com medo de ‘perder a fé’. Dado a esse fato, sempre questiono: Se o conhecimento faz alguém perder a fé, é porque, fé esse alguém não tinha. E se não tem, não pode perder. Ninguém perde o que não possui.
Os Arrogantes
Os arrogantes pensam que sabem mais que todos. Inclusive, eles/elas pensam que os professores sabem menos que eles. Os arrogantes pensam que vão aprender muito, e que vão ficar melhores e mais sábios que todos à sua volta. Mas o pior arrogante entre os arrogantes são aqueles que por pensarem saber mais que os professores, passam meses, e até anos, envolvidos em embates e polêmicas inúteis, atrapalhando o curso da aula, e atrapalhando os que querem ouvir e conversar – teologar – para aprender. Os arrogantes são os verdadeiros servos inúteis, dos quais a bíblia nos fala. Esses classificam tudo como sendo ‘obra do diabo’, inclusive a Teologia e os Teólogos, e se dizem guerreiros, soldados de Cristo, empunhando uma ‘espada apologética’ enferrujada, tentando matar a todos e a tudo que não convergem com aquilo em que ele ou ela acreditam, e seguem numa batalha desesperada, tentando ‘blindar’ a bíblia por todos os lados, com um furioso e até mesmo, com um rancoroso discurso de ser ‘o guardião, ou, a guardiã da sã doutrina’.

Os infantis
Os infantis pensam que vão aprender tudo e sanar todas as suas dúvidas. Ledo engano! Mas, se sobreviverem ao conhecimento que desvenda mitos e lendas, que revela a verdade e lança luz sobre alguns mistérios, através da hermenêutica, e de outras disciplinas, esses amadurecem, perdem a fé cega e infantil que ‘emburrece’, crescem e dão frutos, porque, com a fé fortalecida e com a crença, agora adulta, podem caminhar livremente. Livres do fundamentalismo, dos preconceitos, das doutrinas, das manipulações... E se tornam capazes de construir os seus próprios pensamentos, porque conseguem Teologizar – Construir as suas próprias Teologias, além de ler e interpretar as Teologias já existentes, e, até mesmo, desconstruir não somente muitos equívocos teológicos, mas, repensar e re-significar algumas teologias. Muitas delas, hoje, ultrapassadas.
Aqueles que estão humildemente 'antenados', logo aprendem que sairão da academia com muito mais dúvidas do que quando entraram. Isso muitas vezes choca a nossa infantilidade. Há outra coisa que fica muito clara também no inicio: A Teologia é uma busca profunda e constante – pesquisa séria – e o nome do curso deixa isso muito claro: ‘Bacharelado em Teologia’. Portanto, um ‘Bacharel em Teologia’, é um pesquisador. Não se faz Teologia sem pesquisas. O Teólogo que não lê e não pesquisa, pode desistir da profissão ou do título de Teólogo. Outra situação que o teologando (estudante de Teologia), percebe logo nos primeiros meses de trabalho na academia, é que a Teologia se aprende estudando e teologizando, ou seja, fazendo e produzindo Teologia. O que nos leva ao entendimento de que o Teólogo será sempre um teologando. Ninguém está pronto.  O que é muito positivo, pois em um copo cheio, não cabe mais nada, e muitas vezes, é necessário esvaziar o copo. Mas nem todos têm essa percepção.
Conversando sobre a segunda pergunta: ‘Teólogo para que?’
Esse deveria ser o primeiro questionamento que um candidato ao Bacharelado em Teologia deveria se fazer, junto às suas variantes:
1-  Para quê eu quero ser um Teólogo? (percebam que eu formulei a pergunta com ‘para quê? ’ e não ‘por quê? ’ – Há uma enorme diferença!);
2-  Para que serve o Teólogo?
3-  Para quê mais um Teólogo?
Cabem nesse contexto muitas perguntas, e, talvez você esteja questionando agora: porque ele não perguntou: ‘Para que, isso?’ ou, ‘Para que, aquilo...?’ Bem, talvez a resposta seja: Eu não pensei em o que você está pensando, ou, eu não considero tal ou tais perguntas relevantes. Mas com certeza, a minha resposta para você é: por uma questão de bom senso acadêmico, eu não pretendo esgotar o assunto. Contudo, mais importante que não esgotar o assunto, é: Dar-lhes elementos para pensar e para questionar. É isso que a Teologia faz, e é para isso que serve um Teólogo, entre outras coisas. Seria muita ingenuidade da nossa parte, em qualquer que seja a área do conhecimento, buscar esgotar um assunto de uma só vez.
Antes de prosseguir quero chamar a sua atenção para que observe que o verbo ‘construir’, aparece no texto, repetidas vezes e com certa insistência. Isso por que, considero que um Teólogo é um ‘engenheiro’, cuja função é construir principalmente pontes e estradas nos relacionamentos humanos, e desconstruir (implodir), ruínas e estruturas que comprometem a segurança dos seres humanos. Apesar de que a palavra Teologia, literalmente traduzida significa estudo à cerca de Deus, ou, das coisas de Deus – Teo = Deus, Logia = Estudo, conhecimento - a Teologia é uma Ciência Antropológica.
É impossível tentar conhecer a Deus e as suas coisas, ignorando o homem. Uma ótima definição do que é a Teologia, que ouvi na academia, e que tomei para minha vida acadêmica e intelectual, é: “A Teologia são tentativas humanas de entender a Deus”. Por isso, um Teólogo dispõe de duas ferramentas importantíssimas para o seu trabalho.

A primeira ferramenta é a Razão – o raciocínio e o discernimento – (Rm 12.1), e esses devem vir acompanhados do bom senso, da temperança, da paciência, da boa vontade, da perseverança, do Amor... Isso lhe parece familiar? É claro que isso lhe é familiar. Os Apóstolos Paulo (na Epístola destinada aos Gálatas) e Pedro (em sua Segunda Epístola) nos escreveram falando sobre essas atitudes. E por que nos escreveram eles, sobre isso? Porque aprenderam de Jesus, que aprendeu de Deus, que sabe o que é melhor para nós.

A segunda ferramenta é a Bíblia – Não se faz Teologia Cristã sem a bíblia. É sobre a bíblia que são feitos os questionamentos hermenêuticos, exegéticos, históricos, homiléticos, apologéticos...
Entretanto, esses questionamentos não podem ser cegos, passionais, irracionais, irreflexivos, intransigentes, intolerantes, pessoais, fundamentalistas, extremistas, radicais...

A bíblia não precisa da nossa blindagem, assim como Deus não precisa que tomemos as suas ‘dores’ – Ele tomou as nossas. Lembra-se? – ‘Deus pode aguentar muito bem essa parada’. Nós é que não aguentamos, e por isso saímos por aí brigando com todo mundo e com todo o mundo, colecionando inimigos e antipatias gratuitamente, e com isso, desperdiçamos a oportunidade de Evangelizar, de transmitir a Paz de Cristo e o Amor de Deus. Com nossas atitudes negativas, perdemos a oportunidade de ajudar as pessoas e acabamos transformando o Cristianismo em religião indesejável, abominável e de quinta categoria.
Ser Teólogo
Ser Teólogo é descortinar o impossível! Não falo aqui, de Deus, mas, das grandes tempestades trazidas pelas religiões que não foram criadas por Deus (nenhuma delas), mas sim, por seres humanos. Somente um Teólogo descomprometido com a religião e com a religiosidade cega e parcial, que geralmente é irracional, pois vêm carregadas com emoções e sentimentos humanos, pode combater e tentar desconstruir os conceitos negativos gerados pelos 'predadores do Evangelho', que, com as suas pregações desvairadas, suas hemenêuticas toscas, e com as suas doenças emocionais, bem como, com as suas faltas de conhecimento teológico (mesmo que possuam um diploma, ou certificado de teologia), e também com as suas ambições desonestas que manipulam os versículos bíblicos e se aproveitam da fé cega e infantil dos desavisados para pregar prosperidade e ganhar dinheiro.
Ser Teólogo é sofrer a ingratidão da igreja, corpo e instituição, e o não reconhecimento da sociedade, de forma que em sua vida, o Teólogo é quase um ‘patinho feio’: Não encontra um lugar para viver e conviver com os outros, até que descubra a beleza de ser Teólogo, e se assuma com tal, em meio às intempéries e desconfianças.

Ser Teólogo é assumir as suas posições, e não se colocar em cima de um muro, ou se camuflar como um camaleão, de acordo com o ambiente. Mas para isso, terá que pagar um preço alto, e amargar rótulos tais como: Herege, Libertino, Desobediente, Servo do demônio, Anti-Cristo... E ser ostracizado, muitas vezes, literalmente banido e exilado.

Ser Teólogo é não poder exercer a profissão, porque, apesar de que agora a Teologia já é reconhecida como profissão, a ‘Profissão Teólogo’ não é reconhecida nem pela Igreja, muito menos pela sociedade. Lembro-me do dia em que Júlio Zabatieiro, disse na aula de ‘Religião, Modernidade e Desencanto’ no curso de Pós-Graduação em Ciências da Religião: “- O Teólogo é mais importante que o Sacerdote”. Por um instante, os meus olhos brilharam como os de uma criança em frente a uma vitrina cheia de doces. Mas logo em seguida ele disse: “- Entretanto, o sacerdote vem em primeiro lugar na preferência popular, pois o povo rejeita o Teólogo, em detrimento do Sacerdote”. Isso se reflete na sociedade de uma maneira geral, e, embora a importância do Teólogo seja de vital valor em vários âmbitos, e o mesmo deveria ser consultado em diversos momentos que envolvem o ser humano, e a sociedade inclusive com análise antropológica, é muito comum ver muito mais Teólogos procurando emprego, do que qualquer outro profissional da área de Ciências Humanas e Sociais. O Teólogo é aquele que não ganha dinheiro com a profissão, e é o profissional que mais trabalha fora da sua área. Ele faz tudo, menos Teologia.
O Teólogo é um Cientista Social, porque a Teologia não é religião. Teologia é Ciência. Ciências Sociais - Ciência Humana.


Pense: Teólogo para quê?
Penso que o Teólogo é para ser diferente e fazer a diferença. Buscar a unidade da igreja com a Igreja. Teólogo para promover o ecumenismo entre Cristãos, ‘afim de que todos sejam um’, como O Pai é no Filho, também sejamos nós n’Eles, e uns para com os outros. Teólogo para construir pontes entre a igreja (instituição) e a sociedade. Teólogo para ajudar na construção de uma Igreja (corpo de Cristo) sadia e saudável, com menos doenças causadas pela religiosidade e pela ignorância bíblica. Teólogo para desconstruir as trincheiras, os muros e as muralhas construídas pela igreja e pela Igreja diante da sociedade, do conhecimento, da ciência... Diante do mundo, diante de tudo porque cometeram muitos erros de hermenêutica, não fizeram as exegeses corretas e se separaram do ‘mundo’. Teólogos e Teólogas para construir, para amar, para orientar, para instruir, para ensinar e para aprender. Teólogos e Teólogas para protestarem contra as injustiças e mazelas sociais, contra as injustiças e mazelas das e nas igrejas (instituições). Teólogos e Teólogas para protestarem contra as igrejas evangélicas e suas doutrinas miseráveis, pobres e opressoras que estão distorcendo o Evangelho de Cristo, manchando o Cristianismo e adoecendo as pessoas... Teólogos e Teólogas para fazerem a diferença em um mundo conturbado, cheio de violência e desgraças (literalmente fora da Graça Divina). Teólogos e Teólogas para resgatarem o Cristianismo e o Protestantismo, e não para serem mais um a distorcerem a ‘Palavra de Deus’, a manipularem as pessoas, os fatos e os sermões...

Teólogos para tantas coisas... Coisas que nos faltam. Coisas que ainda estão por fazer, desfazer, ver e rever... Teólogos para ressignificar a Teologia e a igreja. Teólogos para construir Teologias sadias e significativas. Teólogos para construir uma Teologia prática, social e libertária.

Uma Teologia que nos liberte terminantemente das amarras cativas, do fundamentalismo, da sóciopatia, da in-tolerância burra, cega e odiosa que odeia tudo e todos sob o rótulo cínico e hipócrita de ser o ‘ungido de Deus’ que vai ‘pregar a verdade’, doa a quem doer “proclamando que não devemos nos contentar com as 'coisas desse mundo', e que devemos ficar atentos para não nos acovardarmos diante das ‘coisas erradas’ da sociedade, sendo conivente e compactuando com o mal, sob o rótulo da tolerância”.

Portanto, amadas irmãs e amados irmãos, Teólogos para quê?
Penso eu: Teólogos para antes de tudo, se perguntarem:
‘- Teólogo Por quê?

sábado, 2 de novembro de 2013

Evangelizar custe o que custar?

 Teologia



O que é conveniente ao comportamento de uma pessoa cristã? Como deve ser o comportamento de um cristão? Podemos fazer qualquer coisa, a todo custo, custe o que custar, em o Nome de Deus, ou de Seu Filho Jesus? É assim mesmo que as coisas devem acontecer? Ser cristão é seguir a Cristo, ser Evangélico é seguir o Evangelho, ser crente é crer em Deus e seguir a Palavra d'Ele. Bem, costumo dizer que na prática essas três classes de pessoas têm entre si uma enorme diferença: Crentes são todos os que creem no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Evangélicos são todos os que creem e seguem o Evangelho e cristãos são os imitadores de Cristo, portanto, católico são Evangélicos e Evangélicos são católicos, visto que a palavra católico quer dizer universal, e o Evangelho de Cristo é universal. Entretanto, encontramos poucos cristãos entre o povo que crê em Deus e no Evangelho de Cristo. Digo isso porque não conheço nenhum relato que diz que Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo mentia, roubava, enganava, fazia fofocas... 

Nunca li nenhum relato onde Jesus, o Cristo de Deus tomava para si a Glória do Pai, e nunca li que Jesus se auto intitulava como grande, muito pelo contrário. Deus nos dá Dons (Presentes), não para nos especializarmos em hipocrisia e falsidade ideológica, muito menos para nos colocarmos como super poderosos. Nunca li um relato sequer, onde Jesus tenha dito: "Agora vá, pois eu te salvei/curei!"  Ao contrário... Lembro de ter lido: "Filha, a tua fé te salvou..." (Mc 5.34). Ele sempre destaca a fé das pessoas. Veja também: Mt 8.13; Mt 15.28; Mc 2.5; Lc 7.50... Posto isso, arrisco escrever que Jesus cura, salva e liberta pela fé dos envolvidos, se tens dúvidas procure um bíblia temática e consulte, leia, estude pesquise os versículos e acontecimentos onde se encontra a palavra , principalmente onde se encontra a presença de Jesus, se  ainda assim não conseguir entender que o homem não cura ninguém e que as transformações se dão pela fé de cada um, então desista da bíblia e fique com as pregações toscas, com as músicas heréticas e ufanistas e com os shows gospels, os shows da fé, o circo evangélico as artimanhas e enganações, verdadeiras pantomimas que só têm dois objetivos: Enganar os incautos e enriquecer os predadores do Evangelho. Nesse caso, podes continuar dando dinheiro para eles comprarem fazendas, emissoras de televisão e de rádios,  e para que eles comprem espaços na mídia com a deslavada mentira de que estão evangelizando.

Jesus sempre se colocou como pobre e pequeno e ao lado dos pequeninos, Jesus nunca quis fama, riqueza, fortunas. Jesus compartilhava a comida e não arrancava nada e nenhum dinheiro de ninguém,  Jesus aceitava doações e vivia como pobre. Ele evangelizava a pé e não vivia disputando poder. Sei que hoje os tempos são outros e defendo que os missionários, evangelistas e pastores - quando digo pastores estou falando dos padres também, porque ao contrário do que pensam as mentes ocas, vazias e ignorantes, os padres são pastores - que deixam suas casas e famílias para se dedicarem à obra de Deus, e precisam de salário para se manterem. Também defendo que a riqueza não é pecado e não concordo que a pobreza seja uma virtude. Ser pobre é horrível e injusto. Defendo que todos devemos ter ambição. A ambição move o mundo e nos ajuda a superar a miséria em todos os seus sentidos. Eu sou contra a ganância, essa sim, é a raiz dos males financeiros, e não o dinheiro. Não devemos usar e abusar da boa vontade (ou ganancia) das pessoas para enriquecermos. Dinheiro é bom e quanto mais tivermos melhor, mas se o compartilharmos com os outros que têm menos e não fizermos dele o nosso deus, melhor ainda. Quando Deus nos abençoa é para que possamos abençoar as outras pessoas também. O dinheiro é bom quando ganhado ou herdado com honestidade, e não desviado de dízimos e ofertas.


Fico pensando para que tantas mega churchills, e para que, ou a quem serve esse templos suntuosos porque essa ganância de comprar os cinemas falidos e transformá-los em templos, se as pessoas não estão sendo transformadas de verdade. Elas estão se tornado evangélicas (com letra minúscula), e não Cristãs. Para que tantos programas na TV, se não conseguem manter e se não sabem ou não entendem nada de administração? Para que ostentar tanto poder? Somente para competir com as outras igrejas e para arrancar os católicos de sua fé e esvaziar a ICAR? Isso tudo é muito mesquinho e muito medíocre. É pobre demais e podre demais! Se Jesus tivesse em nosso meio hoje, mesmo com esses tempos modernos com certeza não faria nada disso. Então, o cristão, que deveria ser um imitador de Cristo, antes de tomar qualquer atitude, deveria se perguntar: Se Jesus estivesse em meu lugar, ele tomaria tal atitude? Toda escolha tem o seu próprio custo... E custa caro!


* Leia  Corrupção na igreja mundial   no meu Blog  Cultura e Sociedade, que você vai entender melhor esse texto.


Esse texto foi ublicado originalmente no Site Austri Junior visite e conheça.
https://sites.google.com/site/austrijunior/circulo-teologico/foco-teologico

domingo, 20 de outubro de 2013

Educação se faz educando...

 Educação Integral
por Austri Junior
Atualizado em 21/10/13, segunda feira, as 17:48 hs.



Educação de Verdade se faz educando, ensinando e aprendendo, seja na educação regular, social, inclusiva... Pessoas não se educam sozinhas, por mais autodidatas que sejam. Alguém tem sempre algo para aprender e para ensinar. Assim é com as crianças (e com os educadores também). Não podemos deixar um educando por sua própria conta e risco, e esperar que este aprenda alguma coisa. É claro que não estou falando de experiências pessoais ou empíricas. Falo do processo ensino aprendizagem na comunidade escolar.

O que faz a educação ter ou ser de qualidade, vai além da capacidade intelectual e da formação dos educadores. É  preciso comprometimento e atitude. Quem se senta e deixa as coisas acontecerem, com certeza testemunhará acontecimentos nefastos, mas aquele que planeja, programa, se organiza e direciona, com certeza irá ajudar os educandos a encontrar os seus caminhos e construir as suas vidas, e com isso os ajudará a colher ótimos frutos e junto deles, o educador também colherá ótimos frutos. É uma crueldade e covardia para com os educandos, quando o educador se furta ao seu papel, que é educar, ensinar, direcionar... Gerenciar as atividades. As atividades precisam ser educativas, construtivas, produtivas.

Na última quarta e quinta feira (dia 16 e 17 de outubro), tive a oportunidade de trabalhar verdadeiramente a educação de qualidade com os educandos da educação integral da EMEF Neusa Nunes Gonçalves, onde trabalho, e foi muito bom ver os alunos se esmerando na aprendizagem. Fizemos nesses dois dias, ótimas aulas de campo na horta da escola, que alguns dentre eles nem conheciam. No primeiro dia (quarta feira), os educandos tiveram uma excelente aula de botânica com a professora Dalva, formada em biologia, e idealizadora da horta, desde 1992. Os ensinamentos da professora Dalva não ficaram somente na área botânica, mas ela deu aos educandos uma verdadeira aula de cidadania, educação social, sustentabilidade, ecologia e meio ambiente, do jeito que gosto e do jeito que deve ser a educação social, essência da educação integral.  Ao final, eles plantaram sementes de rabanete e voltarão em quinze dias para verem se as sementes estão geminando.

Na quinta feira, dia 17 de outubro, retornei com eles à horta, e catalogamos as plantas: Frutas, verduras, leguminosas, remédios... Ensinei-lhes (reforçando os ensinamentos da professora Dalva), para que serve cada uma dessas plantas e as sua propriedades. Falei-lhes da importância de cada uma dessas plantas para a saúde e na alimentação. Falei-lhes da importância em cuidar e proteger a horta, incentivei-os para que participem do projeto da horta. Vi seus olhinhos brilharem e foi muito gratificante. Os educandos anotaram com muito interesse e alegria os nomes das espécies e as suas utilidades, enquanto eu os ensinava sobre cada uma das espécies. Foi maravilhoso vê-los anotando tudo e fazendo enxurradas de perguntas. Após voltarmos para a sala, conversamos e debatemos sobre o assunto, socializando cada questão e etapa vividas na horta, e eles mesmos deram sugestões para que façamos o mesmo na pedra da cebola, e sugeriram que façamos pesquisas na internet sobre as plantas e medicamentos que eles conheceram e catalogaram.

Após o intervalo trabalhei com os educandos a letra do hino nacional brasileiro, para que eles entendam e saibam o que estão cantando. Um exemplo clássico é que em vez de cantarem: "E diga o verde-louro dessa flâmula..." Eles cantam: "E DIGA AO VERDE LORO DESSA FÓRMULA..." A ideia é ensinar-lhes os significados das palavras rebuscadas do nosso hino, e ensiná-los a cantarem certo. Eles precisam conhecer o hino nacional brasileiro e entender o que estão cantando. Estamos trabalhando nisso, e eles amaram. Trabalho com alunos do 1º ao 5º ano, e nenhum deles nunca tiveram acesso à esse tipo de ensinamento. Sei que muita gente pensa ser desnecessário o ato cívico de cantar o hino nacional nas escolas, e associam isso à  ditadura militar, e saem com discursos culturais, históricos e sociais para justificarem o ato de desprezarem essa prática. Bem, eu discordo desse pensamento!

É preciso educar verdadeiramente!
O educador tem que se disponibilizar, mergulhar fundo, comprometer-se como se estivesse educando o seu próprio filho ou filha. É impressionante como os educandos estão sendo negligenciados por pseudos e negligentes educadores. Fico pensando: Como a educação desmoronou em nosso país. Essas crianças merecem muito mais de mim e de você. Por isso fico fascinado, empolgado, maravilhado..., quando encontro uma professora Dalva pela frente. Dá orgulho de trabalhar com uma pessoa assim. A professora Dalva me lembra algumas professoras e professores que tive, em especial, a minha professora de português da 5ª e da 6ª séria, Dona Maria de Lourdes, que me incentivou a ler, escrever e criar. Já citei-a aqui no blog em outra oportunidade. Quantas saudades! 

Assista ao vídeo:


Veja as fotos na Página Educação Cultura e Sociedade no Facebook 

(Acesse o link abaixo):
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.378000922330077.1073741839.152762521520586&type=1&l=ed4988aef4

Última atualização em 24 de Outubro de 2013 as 12:39hs., pelo editor Autri Junior

domingo, 13 de outubro de 2013

O Dia dos Professores

Homenagem 
por Austri Junior



Nessa terça feira, dia 15 de outubro de 2013, comemora-se no Brasil, o dia dos professores. Mas o que é mesmo que os professores têm para comemorar? As quantas andam a educação no Brasil? Sabemos que o índice de analfabetismo no Brasil ainda é alto, e que o país ainda amarga um grande número de semianalfabetos e de analfabetos funcionais, que são aquelas pessoas que só sabem escrever (ou assinar o próprio nome).


Temos um sistema educacional falho, com uma pedagogia que empurra cruelmente o educando para frente, com uma sutileza denominada “avançar”. Que avanço é esse que passa  ou “pula” alguns anos letivos, de forma que o aluno chega ao quarto ou quinto ano do Ensino Fundamental na condição de semianalfabeto?

O professor técnico ou simplesmente acadêmico se regozija com esse dispositivo chamado “avanço” e se realiza em um otimismo ufano, que parece bom para o aluno. O professor que está ali somente pelo salário, ou por obrigação e até mesmo por falta de opção, também aplaude essa iniciativa, pois é uma chance de se livrar daquele “fardo”. Mas professor comprometido com a educação, ou seja, o Educador, não se sente feliz e realizado com essa situação, por saber que isso não é avançar. Passar o semianalfabeto é na realidade um grande veneno para o aluno e a sua família, para a escola e para a comunidade, bem como para o país e para a sociedade como um todo. Isso é queimar etapas!


O aprendizado e a alfabetização nas séries iniciais é fundamental para os anos subsequentes, e a questão que coloco aqui vai muito além da simples discussão de que o educando quando ingressa na escola muito novo, ou quando é alfabetizado muito cedo perde o interesse pelos estudos mais tarde. Penso que a solução para a aprendizagem não está na faixa etária, mas na metodologia. Creio que à criança, podemos ensinar brincando. Elas aprendem enquanto se divertem. Métodos cognitivos avançados e ousados podem transformar a educação nesse país.


Mas ao professor desestimulado pelo baixo salário, pela violência nas escolas, pelas péssimas condições de trabalho, pela falta de respeito para com a sua pessoa em sala de aula e pela sua profissão por parte dos governantes, bem como desprezado pelo seu valor construtivo e contributivo para a sociedade, por parte dos pais que despejam os seus filhos na escola, como se esses fossem um objeto, e a escola um grande depósito, as minhas palavras não passam de mero “blá, blá, blá…”


Não é justo que um professor ganhe tão mal nesse país, enquanto políticos ladrões e corruptos ganham doze vezes mais que aquele que educa, ensina, e ajuda a construir os seres humanos,  a educação, a cultura e a sociedade brasileira. Aquele que forma o médico, o advogado, o político, o engenheiro… é “menor” que todos esses, e ainda têm que ouvir o imbecil do Cid Gomes, governador do Ceará, dizer que o professor não deve brigar por maiores salários porque ser professor é vocação.


Penso que todo vocacionado, professor ou não, precisa comer, vestir, pagar o aluguel, sustentar a família, pagar as suas dívidas, cumprir com as suas obrigações e andar em dia com os seus compromissos. Muito mais que isso, precisam de conforto e bem-estar. Mesmo quando esse vocacionado seja um religioso: padre ou freira, pastor ou pastora, missionário (a) ou evangelista… “Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário” (1Tm 5.18). Essa palavra é para todas as classes de pessoas e de profissionais em todo o planeta, principalmente para os professores e as professoras que constroem as nações no mundo inteiro. Mas os políticos corruptos só querem para si.


Também não é justo, que o professor seja responsabilizado e até mesmo culpado, quando o aluno não quer aprender por preguiça, desinteresse, falta de limites que trazem de casa, reflexo da decadência das famílias, da sociedade, e do caos gerado pela crise moral e social.


Os professores trabalham hoje sem a mínima condições de lecionar: falta de investimento, na carreira, impossibilidade de pagar uma formação continuada, falta de materiais, escolas sucateadas, ambientes hostis, falta de segurança… São espancados e arrastados pelos cabelos, quando reivindicam melhoria salarial. Pouco se oferece ao professor, e muito se cobra. Enquanto isso... “O salário, ó!”


01 terça-feira nov 2011

sábado, 12 de outubro de 2013

Crianças

Poesia  
de Austri Junior
Criança! 
É bom ser criança!
Criança é esperança
de vida, amor, paz, e carinho.

Criança é futuro.
Criança vibra,
Criança vive,
Criança ama,
Criança não faz guerra,
Criança não mata,
Criança não separa as pessoas,
Criança é gente,
Criança é feliz.

Crianças, não cresçam.
Crianças, continuem crianças…

Publicado por em Educação, Cultura e Sociedade

Crianças II ( Crianças não são mais crianças)

Poesia 
de Austri Junior
Criança!
Quão bom seria se as crianças ainda  fossem crianças.
Ser criança é ter esperança, ter vida, ter amor, ter paz…

Ser criança é dar e receber amor e carinho.
Todas as crianças precisam ter um futuro
para sonhar e conquistar.

Ser criança é vibrar hoje, com o amanhã!
Ser criança é viver e deixar viver,
ser criança é amar!

Crianças não deveriam fazer guerras,
crianças não deveriam matar,
crianças não deveriam separar ou excluir as pessoas
como fazem os adultos.

Criança precisa ser gente,
e não animais feridos, acuados, abandonados…
Toda criança merece viver e ser feliz.

Com pesar percebi:
Muitas crianças não são mais crianças,
tornaram-se como adultos,
como adultos da pior estirpe.

As crianças cresceram,
perderam a inocência… 
Crianças não são mais crianças.


Publicado por em Educação, Cultura e Sociedade

Atualizada em 12/10/2013 (pelo autor) 

Saudades

Poesia 
de Austri Junior


Sinto muitas saudades,
Saudades de não sei o que…
Sinto muito falta,
Falta de não sei o que…
Meu coração chora, minha alma implora,
Mas não sei o que…
As lágrimas no meu rosto rolam,
Não sei por quê…
Não estou triste,
Apenas saudoso,
Saudoso de tudo,
Saudoso de não sei bem o que…
Apenas choro…

Alma de criança


Poesia
de Austri Junior
 



Nunca deixemos o adulto que cresceu em nós
sufoque e mate a criança que habita a nossa alma.
Não devemos permitir que as coisas más
atormentem o nosso espírito, gerando mágoas, ressentimentos e rancor.
Antes, vivamos no amor, e busquemos a vida;
sorrir cura a as tristezas e as feridas.
Precisamos ser como uma verdadeira criança:
Brincar, sorrir, correr, pular, viver, sonhar, amar sempre…
Com alma de criança!
Austri Junior 
em  12/10/2011
As 14:13

Coração!

Poesia

por Austri Junior

És o Meu Amor.
Não Me Importam Outros Valores…
Não Desejo Outra Flor.
Não Quero Outros Sabores
Que Não Tenham a Pureza,a Beleza,
O Gosto, E O Calor Do Seu Amor.
Por Austri Junior
04/07/1983

Estar ao teu lado!

Poesia

de Austri Junior

Estar ao teu lado é como flutuar em nuvens de algodão, 
passear em jardins coloridos sentindo a brisa mansa e suave massageando a minha pele.


Beijar você é ouvir o badalar suave dos sinos a tocar, como música que embala o sono da criança que dorme tranquila, enquanto sonha com o calor do seio materno.

Estar ao teu lado é certeza de que não estou só!
É a confiança das bênçãos do Altíssimo sobre a minha vida.

Somente um ser tão amado pelo Senhor, 
pode ser contemplado com o amor de tão doce e maravilhosa esposa.
Amo você!

Em 02/10/2011
As 11:00h

Recomeço

Poesia
de Austri Junior



Um ser desesperado,
perdido, incompreendido...
Ser desprezado, frustrado, mal amado!

Mas nem tudo está perdido.
Seu destino, nem sempre em desatino
pode ser mudado, restaurado, transformado...

A busca será sempre constante,
nunca cessará...
Tudo  pode mudar em apenas um segundo:
Nova vida, novo mundo...

(Austri Junior - Em 10.10.12 - 22:31)

domingo, 6 de outubro de 2013

Musicando... (brasileiramente)

Poesia
por Austri Junior 


Tudo mudou, as pessoas mudaram, os tempos também.
Eu mudei, o mundo mudou, a música mudou... 
Nada e ninguém são mais os mesmos,
os meus amigos não estão mais lá e eu não estou mais aqui...

A música brasileira não é mais a mesma (agora é lixo).
Eu sinto saudades, saudades de tudo e de todos, eu choro... 
Ah, como eu queria que tudo voltasse a ser como antes,
mas tudo é ilusão, utopia, desilusão, fantasia:
Beto Guedes, Raul Seixas, 14 Bis..., não cantam mais aqui.
 
 Eu não estou mais aí, vocês não vêm mais aqui... O  que eu posso fazer?
"Lembra que o sonho é sagrado... Tudo o que move é sagrado, meu amor..."
O lixo tomou conta de quase tudo e de quase todos. "Eu acho tudo isso um saco..."
 
Tudo está tão difícil e triste... " Mas tudo acaba onde começou".
Apenas quero ser eu mesmo, amar, curtir, saborear, ser e viver... 
"Controlando a minha maluquez, misturada com  a minha lucidez..."

Quero viver!

Poesia
por Austri Junior

Quero viver sem culpa
sem algemas, sem pedir licença
sem dar satisfação...
quero viver sem medo
sem ter que pedir permissão.

Quero viver
e deixar que vivam,
quero viver para ouvir boa música,
curtir a arte sem censura
e pensar nas aventuras.

Quero ser eu sem perder você,
fazer tudo o que quero, sem morrer.
Quero amar sem ter que ser você.
Quero apenas viver...

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O vértice da educação

Educação,
por Austri Junior



Segundo o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 1995, um vértice é "o ponto mais elevado; cimo; cumo; ápice; ponto onde se reúnem os dois lados de um ângulo; ponto onde se reúnem as duas faces de uma pirâmide." É claro que a educação é tudo isso e muito mais. Aliás, o vértice é um ângulo matemático, e matemática tem tudo a ver com a educação em todos os seus aspectos: Adição, subtração, divisão, multiplicação... Se os dois lados de um ângulo convergem-se em um vértice, isso significa que eu poderia considerar que duas semi retas convergem-se em (perfeita) harmonia? Sinceramente não sei, pois não entendo nada de matemática (talvez os meus amigos, os matemáticos, Luiz Caetano Grecco Teixeira, Leonardo Stuepp e Alberto Coelho Neto possam nos orientar, fazendo um comentário aqui nessa postagem). Esse ponto de partida que escolhi para ilustrar e titular o meu texto é extenso e muito diversificado, por isso vou ficando por aqui, para entrar no assunto que ocupa realmente o meu pensamento sobre "o vértice da educação".

Penso que o vértice da educação é a conversão (transformação)! Teologicamente a conversão significa mudar o vértice, mudar a direção, transformar-se. Como tenho um Olhar Teológico sobre todas as coisas e ideias, vejo que a transformação do professor em educador, culminará no ápice da educação. O que realmente quero dizer com isso? Simples: Nem todo professor é um educador. O professor  ensina apenas os conteúdos. O educador se envolve e envolve o outro na sua busca por transformação. O educador busca a sua própria transformação e a transformação dos "seus" educandos. O educador se preocupa durante e após, o educador quer ver o crescimento dos educandos dentro e fora do contexto educacional e social ao qual os mesmos estão inseridos. O bom e verdadeiro educador faz intervenções pedagógicas, intervenções socioeducativas, e quando necessário, faz também  intervenções disciplinares. Ele orienta, consola, conforta, ama..., educa, ensina e aprende!

A educação no Brasil só vai melhorar quando os professores se transformarem em educadores. Diante desses fatos, posso dizer que  para melhorar a educação é necessário primeiramente educar aqueles que denominamos (ou que se autodenominam) educadores. Muitos reclamam dos estudante e de suas famílias, das escolas, do sistema, dos políticos que fazem pouco caso da educação... Entretanto, existem professores aos quais deveríamos dizer-lhes: "Pedi pra sair!" Pois muitos desse elementos estão deseducando os educandos, e atrapalhando a educação, e são uma grande vergonha para a sua classe, e não são referência nem para si mesmos. Não podem nem se olhar no próprio espelho. Para que a educação atinja o seu vértice é preciso que muitos desses professores se auto convertam, e uma vez convertidos, que mudem significativamente o ângulo dos seus vértices (direções): Ou melhora ou vá embora! Que se transformem em educadores ou que mudem de profissão.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O crime compensa?

("Pra não dizer que não falei das flores") 

Política/Sociedade

por Austri Junior


A minha geração cresceu ouvindo, aprendendo, e sendo ensinada pelos pais, pelos avós, pelos tios, pelos mais velhos que "o crime não compensa". Quero começar perguntando já no primeiro parágrafo: Há controvérsias? Eu gostaria, sinceramente (apesar de não ser jornalista) de entrevistar um bandido da favela e um político corrupto (de preferência um político corrupto que esteja condenado e cumprindo pena, o que é muito difícil de encontrar), para lhes perguntar: "O crime compensa?" É muita pretensão da minha minha parte, mas arriscaria dizer que o bandido diria que sim, e que o político corrupto diria que não cometeu crime algum.

 

Estariam os antigos errados? Teriam os valores mudados e invertidos, ou os antigos eram mais honestos? Seria verdadeira a afirmação de que o crime não compensa porque antigamente o crime não compensava mesmo, ou o crime não compensava para os pobres e para os negros, e por isso eles tinham essa visão em relação ao crime? De onde vem a afirmação de que o crime não compensa? Para quem realmente o crime não compensa? Sou descendente diretamente de negros e de índios, e sou de família cuja origem era de pessoas muito pobres, humildes e trabalhadoras, que sempre deram muito "duro" e "ralam" até hoje para conquistar  os seus espaços e para vencerem na vida. Claro que não sou diferente da maioria do povo brasileiro, e por isso sempre ouvi dizer (repito mais uma vez que) "o crime não compensa". Não estou dizendo que nas famílias abastadas não se pensa, não se pratica e não se compartilha da mesma visão, ou que não seja praticada a mesma ação. Lembro-me bem de que, se eu achasse algo na rua, ou se um "coleguinha" da escola me desse ou me emprestasse algo, a minha minha me sabatinava até à exaustão, e me fazia devolver tal objeto. Assim também criei e eduquei o meu filho.        

 

Hoje (principalmente) estou com a impressão de que no Brasil o crime parece compensar. Sou teólogo e como tal preciso lidar com a racionalidade e separar fortemente a razão da emoção. Um teólogo é um Cientista Social (embora há quem discorde veemente). A teologia ensinou-me que antes da apologética, e acima de tudo, necessário se faz lançar mão de duas ferramentas importantíssimas que são a exegese e a hermenêutica dos fatos, da história, e consequentemente dos acontecimentos, do texto e de todo o contexto ao qual tal situação esteja imersa e envolvida. 

 

Ontem tivemos a última seção da votação pelos embargos infringentes, onde o Decano Celso de Mello após duas hora de apologética do seu voto declarou-se favorável ao acolhimento dos infringentes. Acompanhei atentamente o discurso do Ministro que foi uma aula de direito e jurisprudência, onde ele, para justificar o seu voto, deu uma aula de jurisprudência histórica, falando a cerca da história dos julgamentos pelo STF desde os seus primórdios, ainda na época do império, falou sobre a situação do Supremo durante a ditadura militar, citou casos julgados em cortes internacionais (incluindo a Argentina), falou sobre a posição do Brasil nos acordos internacionais, citou o fato de que durante o governo FHC o Congresso rejeitou a votação pelo fim dos embargos... Como se havia dito sobre Celso de Mello, ele realmente é um Juiz muito competente e muito técnico. Gostei muito de ouvi-lo, aprendi bastante com a aula que ele deu, antes de votar, e entendi muito bem porque ele votou pela aceitação dos infringentes. O voto do Ministro Celso de Mello para mim não foi nenhuma surpresa. Como Cientista Social tiro o meu chapéu para ele, e apesar dos perigos que o voto dele nos traz, uma coisa podemos contemplar. José Dirceu terá que abandonar o seu discurso fajuto e manipulador que o coloca no  papel de pobre coitado, de vítima injustiçada e de "perseguição política", e com certeza a sua maléfica ideia de recorrer às cortes internacionais não faz mais sentido, pois o dito "chefe de quadrilha do mensalão" teve a sua segunda chance, que (infelizmente) consta do regimento interno do STF. 

 

A verdade é que a partir de agora o acolhimento dos embargos infringentes pelo Supremo poderá abrir precedentes para enxurradas de casos no STF e até mesmo em outros tribunais do pais. Processos e julgamentos intermináveis, casos que se arrastarão por longo anos. Cabe ao Congresso Nacional dar fim aos embargos infringentes, votando pelo encerramento e pela extinção dos mesmos. É fácil entender porque isso ainda não foi feito, pois os maiores e diretamente beneficiados por tão imoral recurso são em primeira instância os próprios Congressistas, que em sua maioria, vivem chafurdados em um mar de lamas e  de falcatruas políticas e financeiras com o dinheiro público. Mas nem tudo está perdido, sempre há uma luz no fim do túnel: Ontem o Congresso Nacional votou pela extinção ampla, geral e irrestrita dos votos secretos, o que me deixa um pouco mais animado. Já tem políticos propondo a extinção dos embargos infringentes, e espero que não demore muito para que isso aconteça. Apesar do acolhimento pelos embargos ter jogado um balde de água fria sobre o desejo de justiça que ferve no seio da sociedade (que já não está mais confiante no STF), espero que esse julgamento não acabe em pizza. Com certeza passaremos por muitos momentos de raiva e de ira, pois há a possibilidade de que algumas penas sejam diminuídas, revista, prescritas, e de que ladrões do erário público venham ser absolvidos durante o novo julgamento. Por isso ficamos com a eterna sensação de que não há justiça no Brasil, e de que o crime do Zé Dirceu é diferente do crime do "Zé Ninguém", que as falcatruas do Zé Genuíno é menor que as falcatruas do "Zé Bedeu", e que diante de tudo isso o povo brasileiro não passa de um  "Zé mané"...

 

A manifestação que estava marcada para ontem não  aconteceu, apenas vinte ou trinta bandidos mascarados do "black bloc" (que conseguiram esvaziar um mar de ideias), estavam em frente ao STF para protestar. Penso que o nosso protesto deve acontecer fortemente nas urnas (o que não impede o povo de sair às ruas, mas com muito cuidado por causa dos bandidos mascarados que põem tudo a perder). Não podemos deixar "passar batido" e impune os crimes  e toda a corrupção que o PT implantou no Brasil. O PT enganou quase todos, e implementou a ditadura da corrupção no país e precisa receber o troco nas urnas: PT NUNCA MAIS! Lula, Dilma, Dirceu, Genuíno, Mercadante..., fora com eles! O PSB já rompeu com esse governo corrupto e Eduardo Campos poderá ser mais uma opção. Espero que a Marina Silva consiga registrar  sua REDE SUSTENTÁVEL em tempo, para que haja frente à candidatura Dilma. Quem deveria tomar uma postura e romper com a corrupção também deveria ser o PMDB. É uma vergonha para um partido histórico e de tremenda luta contra a ditadura, como o PMDB, apoiar um governo corrupto como é o governo do PT. Penso que é uma grande ofensa às memórias do Dr. Ulysses Gumarães e do Presidente Tancredo Neves, esse apoio nefasto e incondicional que o PMDB empresta ao PT. Os antigos também diziam: "Quem se mistura com porcos, farelos come". O poder no Brasil é por tradição e culturalmente corrupto! A sensação que fica é de que no Supremo Tribunal Federal e principalmente no Brasil o crime compensa, e muito! Por isso, devemos ir às urnas em 2014, pois somente pelo voto conseguiremos exterminar a metade da podridão no Brasil. A outra metade será na base da pressão. Vamos para as ruas, sem os bandidos, sem os baderneiros, sem os mascarados, sem os extremistas e radicais, sem os black bloc. Precisamos retomar as lutas, sem armas, sem guerras, sem selvagerias. 

 

Falei sobre muitas coisas e disse o que queria 

Agora, deixo-vos essa poesia, 

ainda tão atual para para a nossa reflexão,

letra e musica valente,

que fala à nossa mente

e penetra fundo, o coração:

 

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Geraldo Vandré

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção


Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer


Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão


Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer


Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão


Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer


Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição


Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Composição: Geraldo Vandré ·

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O dia depois de amanhã - A novela dos embargos Infringentes

Sociedade
por Austri Junior

Todas as expectativas da vida política nacional dessa semana estão voltadas para o Ministro (Decano) do Supremo Tribunal Federal - STF, Celso de Melllo, e para o seu voto na ultima seção que define a aceitação ou não - no caso de Celso de Mello talvez possamos dizer que sim - pelos embargos infringentes. Em entrevista nesse fim de semana o Ministro Celso de Mello deixou claro mais uma vez de que não mudará o seu voto, e que no caso da aceitação pelos embargos (são pelo menos onze, podendo abrir-se precedências para mais, no futuro), "isso não quer dizer que as penas dos condenados no mensalão seriam mudadas". Você acredita nisso? Uma vez que se abra precedentes para os embargos infringentes, a possibilidade de absolvição dos condenados no mensalão se torna quase uma certeza. Acredito que já podemos encomendar as pizzas. Mas quero estar redondamente enganado.

Comentaristas e especialistas jurídicos já arriscam dizer que o Ministro Celso de Mello irá votar pelos embargos e que durante o processo ira manter as penas do réus. Supondo que o Ministro Celso de Mello pretende manter as penas dos réus, porque então, ele aceitará os embargos? Simples: Os embargos estão previstos no regimento interno do STF (e em nenhum outro tribunal nacional). É claro que se eu estivesse nos lugares do José Dirceu, José Genuíno, Marcos Valério e demais "quadrilheiros mensaleiros", eu iria querer essa segunda chance, e evidentemente, se esta existe, e é legal do ponto de vista jurídico (embora penso que seja imoral), com certeza isso justificaria o voto do Ministro pela aceitação dos embargos. Há quem diga que Celso de Mello é um grande técnico e que sempre fundamenta muito bem os seus votos. Isso também causa uma grande expectativa no meio jurídico. Todos os juristas estão querendo ouvir as suas fundamentações antes de votar. Inclusive eu que nada entendo sobre lei alguma, mas gosto muito de aprender.

A sociedade está fazendo uma grande pressão pelas redes sociais para que o Ministro vote contra a aceitação dos embargos, inclusive foi criada uma página no Facebook, onde está sendo pedido que esses mesmos embargos não sejam aceitos. Além do Facebook, outra ferramenta usada é o Twitter, e se você tem um perfil no Twitter aproveite para deixar o seu protesto lá também. O endereço do Supremo Tribunal Federal no Twitter é o @STF_oficial . Também está marcada uma manifestação com mais de mil presenças confinadas pelo Facebook, para a próxima quarta feira, em frente ao STF. Com certeza o dia depois de amanhã (quarta feira 18/09/20013) será decisivo para a política nacional e para a sociedade brasileira. Se aceitos, os embargos infringentes jogarão um balde de água fria sobre a sociedade brasileira, que cairá sobre as nossas cabeças como um iceberg de mil toneladas. Há quem já não acredita mais na justiça brasileira mas que ainda depositava no Supremo as suas últimas esperanças (entre esses estou eu). Confesso que quando vi praticamente todo o Brasil se manifestando nas ruas, recebi um novo fôlego político e como cidadão os meus olhos voltaram a brilhar de esperança, e comecei a  vislumbrar uma sociedade, melhor para mim e para todos. Ledo engano! Os políticos voltaram à estaca zero, e "tudo voltou a ser como antes no quartel de Abrantes..." 

Os protestos das ruas foram ignorados e as vozes das ruas não foram ouvidas. Grupos de baderneiros estragaram quase toda a luta que surgiu do anseio de mudanças no seio da sociedade, sem liderança, através das redes sociais. Os mesmos grupos de bandidos e baderneiros como o "black bloc" por exemplo, colocaram uma causa quase ganha a se perder, por falta de maturidade e visão política. Por falta da ética e da honestidade, quando quebram, invadiram, roubaram, destruíram e depredaram propriedades públicas e privadas. O feitiço virou contra o feiticeiro: O governo federal aproveitou a balbúrdia e o caos generalizado instalado no seio da sociedade, e enfiou goela abaixo, um plano que estava engavetado, chamado Mais Médicos.  O Programa Mais Médicos não atende os anseios da sociedade. Atende os anseios do governo federal de enviar ajuda financeira à ditadura cubana dos irmãos Castro, e tecem uma grande cortina de fumaça na saúde pública brasileira. A saúde e a educação continuam do mesmo jeito, ou seja piorando, e ninguém mais fala na fortuna gasta com dinheiro público nos estádios e nas Copas das Confederações e do Mundo. Porque voltei a esse assunto? Simplesmente porque não acredito que as nossas vozes serão ouvidas, mas acredito que não devemos desistir jamais. O dia depois de amanhã é quarta feira, mas não será o fim. O fim só chega quando acaba, e "se não deu certo ainda, é porque não chegou o fim". Depois da quarta feira, teremos a quinta feira, então poderei "começar de novo, e contar contigo..."

Se não pudermos contar com mais ninguém poderemos contar conosco mesmo, pois se cada um fizer a sua parte já terá valido a pena. Veja:

Começar De Novo

Ivan Lins

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido

Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as tuas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem tuas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo...
(Composição: Ivan Lins / Vitor Martins)

Então, "vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer..."

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O Ministro Celso de Mello e os Embargos Infringentes

Austri Junior,
filosofando.


Nada entendo eu sobre lei alguma. Por esse motivo, minhas palavras nessa postagem é apenas a opinião pessoal de um leigo na jurisprudência, e as conjeturas de um brasileiro preocupado com a ética na política e nas instituições jurídicas do pais, e sei que não sou o único. Não entendo nada sobre leis, mas entendo sobre a ética e sei que a ética deve pautar a convivência de todos na sociedade. Sei também que os que buscam a ética encontram muitos inimigos - pessoas contrárias à mesma. Parece que no Brasil o correto e o normal é não ter ou não praticar ética alguma.

Difícil é discutir a ética, quando a lei dá margem para várias interpretações, sendo que essas são subjetivas, e estão sobre o crivo hermenêutico daquele (ou daquela) que vai decidir. O "Dicionário Escolar da Língua Portuguesa" define assim, a palavra "decidir"Resolver; determinar; sentenciar; convencer; persuadir; induzir;  dar decisão; emitir opinião ou voto; resolver-se; optar. Tudo isso, em um só tempo e no mesmo momento, fará o Ministro do STF Celso de Mello, quando proferir o seu voto na próxima quarta feira, dia 18 de setembro de 2013, um dia  que marcará o destino dos réus do mensalão, mas que também marcará  o nome do Ministro Celso de Mello, na história, na  jurisprudência brasileira e na mente das brasileiras e dos brasileiros que estão política e intelectualmente "plugados" nos episódios que decidem o futuro da nossa nação.

Comentaristas políticos prudentes têm evitado adivinhar ou até mesmo afirmar qual será o voto do Ministro Celso de Mello na decisão dos embargos, entretanto, todos nós que acompanhamos o discurso do Ministro experimentamos a sensação de que esse voto pode ser pela aceitação dos embargos. Se isso acontecer, os réus julgados no mensalão terão nova chance de defesa, e nesse caso, teremos então uma grande chance de ver mais um caso acabar em pizza no pais, e infelizmente também veremos mais uma instituição brasileira cair no descrédito da sociedade. Espero sinceramente que o Ministro Celso de Mello não vote, não decida, não opte, não se resolva..., em favor, ou pela aceitação do famigerado embargos infringentes.

Nenhum de nós (leigos) embora não entendemos porque os embargos fazem parte do regimento interno do STF, e de mais nenhum outro tribunal, sabemos que o mesmo infelizmente é um instrumento jurídico legal. Entretanto a leitura que faço da aceitação desse instrumento legal no caso do mensalão, é que a aceitação do mesmo é imoral e antiético. Se aceito pelo Ministro Celso de Mello, os embargos infringentes, abrirão precedentes terríveis não somente no caso do julgamento do mensalão, mas também em muitos outros julgamentos, o que seria terrível para a justiça, para as instituições e para a sociedade brasileira, que já não acredita que existe justiça e condenação para culpados nesse pais, salvo, no caso dos negros e dos pobres. Esses sim, vão para a cadeia. Os que têm dinheiro para pagar os grandes advogados em sua maioria ficam livres. Principalmente os que comentem crimes financeiros.

As vezes tenho a impressão de que esse julgamento está tendo as suas cartas marcadas, e por isso cabem aqui, algumas perguntas. As repostas ficam por conta de cada um dos leitores do blog:
1) Quem indica os Ministros para o STF?
2) Quem os sabatinam?
3) As sabatinas realmente querem dizer realmente alguma coisa, ou é apenas um grande engodo? 
4) Não poderia algum desses Ministros esconderem as suas opiniões durante a sabatina?

Com certeza outras perguntas e respostas também cabem nesse texto. Tenho certeza que você, assim como eu, possui outras dúvidas bem como outras perguntas e respostas. Porém, a resposta mais importante sobre esse caso deve ser proferida na próxima quarta feira, e não será nem por você e nem por mim, mas por um especialista no assunto, o  Decano do STF, Ministro Celso de Mello. Esperemos...

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Reflexões de Austri Junior

“Tudo o que escrevo faço a partir de um pragmatismo, fruto da minha práxis acadêmica e intelectual, cuja essência, culmina na vivência social e observância atenta, não somente das partes, mas do todo (e de tudo).” 

Austri Junior


"Uma sociedade que busca a educação e o conhecimento, é uma sociedade transformada e transformadora, capaz de transformar tudo e todos à sua volta." 


Austri Junior



"A cultura que permeia a vida de cada pessoa, revela a identidade da comunidade em que cada uma dessas pessoas estão inseridas. Quanto mais cultura encontrarmos em uma comunidade, melhor será o nível de toda a sociedade. Entretanto, só buscam a cultura, os que encontraram a educação."  Austri Junior


"Uma sociedade transformada briga por justiça social, ética, transparência e cidadania. Essas ferramentas ajudam a equilibrar as relações, melhoram a convivência e nos aproximam da igualdade." Austri Junior

" Nem sempre os nossos olhos e os nossos ouvidos conseguem ver e escutar a verdade. Quando isso acontece a realidade é mascarada: A verdade passa a ser a mentira, e a mentira se torna a verdade...
Goebels, Ministro da Propaganda Nazista, dizia com orgulho:
"UMA MENTIRA REPETIDA VÁRIAS VEZES SE TORNA VERDADE".
E foi assim que Hitler contaminou toda a nação alemã, e disseminou o ódio contra os Judeus, quase exterminando uma raça inteira.
Para os perversos, exterminar alguém é muito fácil, tudo o que eles precisam é de pessoas com fé para creditar no que dizem." (Austri Junior)


"A Teologia não é religião. A Teologia é uma Ciência Humana/Social. Uma ferramenta analítica que estuda o fenômeno religioso e nos ajuda a entendê-lo." (Austri Junior)

" A  ciência é movida pela curiosidade, sustentada pela pesquisa e pela investigação. Sem a ciência, ainda estaríamos na idade das trevas. Muitos religiosos ainda estão!" (Austri Junior)

“A Educação é um caminho para a felicidade” (Austri Junior)

“Investir na educação é resgatar vidas. A começar pela minha!” (Austri Junior)

“A mediocridade se combate com o conhecimento.” (Austri Junior)

“Uma grande nação se constrói com distribuição justa da renda, educação e políticas públicas de qualidade. Educação Social e Inclusiva são ótimos caminhos.” (Austri Junior)

“Educação: Invista também nos melhores e ensine-os sobre como promover a Justiça Social, e verás quão frutuoso será o resultado.” (Austri Junior)

“É preciso ver a Educação com um novo olhar. Ressignificar os velhos conceitos, e construir novos paradigmas é mister e urgente, uma vez que na Educação o foco principal são as gentes.” (Austri Junior)

“Não são poucas as vezes que a escola erra, e erra muito. Escutar e ver não são suficientes. É preciso ouvir e enxergar”. 

(Austri Junior)

“A Educação é sempre o início de um projeto majestoso para as grandes realizações pessoais” (Austri Junior)

“Viver é construir relações. Educar é edificar seres humanos. O Educador deve ser um empreiteiro que constrói pontes e estradas para a vida” (Austri Junior)

“Educar é servir! Educando, contribuímos com o crescimento do outro e adquirimos conhecimento, servindo alcançamos a Graça. Portanto, ‘crescei na Graça e no conhecimento. ’” (Austri Junior)

A DIFERENÇA ENTRE O PROFESSOR E O EDUCADOR:
“O professor ensina conteúdos (e nada mais)! O Educador fala sobre a vida ensina valores, ajuda a construir o pensamento crítico, ajuda a ‘limpar as feridas’… O Educador não tem medo dos alunos, se envolve e envolve. O Educador conquista: Respeito e amizade sinceros, e devolve na mesma medida, enquanto o professor se preocupa com o livro de ponto, com o contracheque, com os bônus, com as greves… O Educador se preocupa com as gentes. Enquanto o professor só ver ‘marginal’ e ‘aprendizes’ de bandidos, o Educador ver o ser humano. Não estou delirando! Isso não é utopia e nem fantasia… Precisamos refletir e escolher quem queremos ser: Professor ou Educador. Todo Educador é um Professor em potencial, mas nem todo professor é um Educador.” (Austri Junior)










“O amor é maior força de um ser humano. Força é poder.” (Austri Junior)

“Não falo muito sobre a fé. A Fé é pessoal e subjetiva.” (Austri Junior)

“As pessoas que não possuem vida íntima com Deus desconhecem o seu poder, e têm medo e vergonha de falar do seu passado obscuro. As pessoas transformadas pelo poder do Senhor falam abertamente do seu passado e dão testemunho do poder de Deus. Dizer: Eu já fui um usuário de drogas, ou: Eu já fui uma prostituta’, simplesmente por dizer, é diferente de dizer: ‘Já fiz isso ou aquilo, mas o Senhor transformou o meu ser’. Pense nisso!”
(Austri Junior)

“As realizações pessoais também fazem parte de um longo caminho para o sucesso e para a felicidade” (Austri Junior)

“Algumas vezes nos distanciamos tanto, por tanto tempo das nossas famílias e dos nossos amigos, que quando nos reencontramos não os reconhecemos mais, e nem eles a nós. Dentre nós, alguns melhoram, outros pioram (ou simplesmente revelam aquilo que estava oculto), e nos surpreendemos com atitudes que não esperávamos. Isso não quer dizer que não os amamos mais, mas o que nos entristece mesmo é quando percebemos que aquelas pessoas que amamos são incapazes de compreender e enxergar questões óbvias. Estão cegas!” (Austri Junior)

“A pobreza, seja ela do tipo que for, deve ser combatida com toda a sua riqueza.” (Austri Junior)
“O rancor, esse devemos combater com a bondade, a misericórdia e a nobreza. O rancor é o fruto da pequenez humana! Bondade, misericórdia e nobreza, são atos de grandeza.” (Austri Junior)
“A pobreza é o fruto da injustiça social ou da preguiça pessoal. A mediocridade é a ‘salada mixta’ da pobreza, da preguiça e do desinteresse pessoal. A pobreza não serve como desculpa para o fracasso.” (Austri Junior)

“Não se preocupe com as atitudes ‘pequenas’ e muito menos com os seus autores. Com certeza eles passarão (ou ficarão), enquanto você cresce .” (Austri Junior)
“As mentes geniais e as mentes intelectuais sempre serão incompreendidas… Pelas mentes medianas e inferiores.” (Austri Junior)

“Uma ótima forma de conhecer a capacidade de socialização, humanização e aprendizagem de um indivíduo, é mensurando a sua capacidade de amar incondicionalmente e doar o perdão. Quanto maior for a sua generosidade, maior será a sua superioridade. O ser humano de dura servis, de coração duro e mente rancorosa, torna-se uma pessoa difícil de relacionar, extremamente antisocial, e impermeável ao conhecimento. Fecha-se em sua raiva, e torna-se incapaz de interpretar com clareza. O ódio, cega a visão, entenebrece o pensamento e encerra a mente do indivíduo, que não aceita mais nada além daquilo que conhece ou entendeu, fazendo-o rejeitar o produto do interlocutor contra o qual ele se rebelou e excluiu.” (Austri Junior)

“As mentes inferiores gostam de se enganar com textos ‘sagrados’. As mentes comuns se deixam enganar pelos textos ‘sagrados’. As mentes superiores questionam todo e qualquer texto”. (Austri Junior)

“Precisamos enxergar mesmo não tendo olhos, ouvir mesmo não tendo ouvidos. Em muitos e delicados momentos, precisamos nos calar mesmo possuindo uma LÍNGUA. Jamais devemos reproduzir o mau e o mal que vemos, ouvimos, sentimos e ou possuímos. A nossa missão deve ser sempre: TRAZER palavras amigas e LEVAR a Paz, a esperança, e o conforto a todas as pessoas. Se agirmos assim, ao fim de cada dia teremos plantado uma ótima semente em nossos corações, mas principalmente nos corações dos outros, evitando as mágoas, os aborrecimentos, os ressentimentos… ‘O caminho se faz caminhando’. Durante o percurso fazemos muitas e variadas escolhas, isso faz parte do nosso aprendizado e do nosso crescimento, pois o homem não é um ser pronto, concluído e fechado em si mesmo. E mesmo que não perceba, a sua vida está sempre se transformando. O ser humano possui a beleza e a riqueza de se auto construir e de Ressignificar a sua própria existência! O Amor e a alteridade devem ser as nossas bússolas. O primeiro nos leva à aceitação do outro como ele é. O segundo nos faz entender o quanto doem as atitudes negativas de outrem. Portanto, antes de uma atitude negativa façamos uma Reflexão, e nos coloquemos no lugar do outro. Com atitudes positivas certamente as nossas vidas serão bem melhores.” (Austri Junior)

“Quem tem sede cava o poço. Não espera pela chuva!” (Austri Junior)

“A verdade é que não fazemos a mínima ideia de quanto as nossas vidas impactam as vidas de outras pessoas.” (Austri Junior)

“Toda relação deve estar fundamentada no respeito. Cuidar uns dos outros ajuda a construir relações sadias e duradouras!” (Austri Junior)

“No ambiente de trabalho, devo enxergar sem olhos, escutar sem ouvidos, e não reproduzir o mau e o mal que vejo e ouço. A minha missão deve ser sempre, TRAZER palavras amigas, e LEVAR esperança a todos!” (Austri Junior)