terça-feira, 30 de julho de 2013

Refletindo a escola brasileira


A quantas anda a educação no Brasil? Essa é uma pergunta cuja resposta, por mais que tentemos otimizar, ainda assim encontraremos dificuldade em responder positivamente, tamanha as dificuldades encontradas pelos professores, em sala de aula, para lecionar as suas disciplinas. As escolas estão sucateadas em todo o seu universo: salas de aulas, sala dos professores, material didático, dependências tais como banheiros, sala para educação especial, bibliotecas, refeitórios… Muito foi feito na educação no Brasil ultimamente, mas muito há que se fazer, pois a educação no Brasil ainda agoniza nas filas de espera em corredores sujos dos hospitais mal cuidados, à espera de uma mísera vaga na U.T.I.

O salário dos professores ainda é uma destoante e desafinada canção que ninguém consegue ouvir. Não é possível que em uma nação como o Brasil que gasta fortunas em desperdícios e em corrupção, não possa investir na educação para construir uma nação sadia e saudável. Investir na educação envolve melhores condições de aprendizagem para os alunos e melhores condições de trabalho para os professores – o que inclui não somente salários dignos, mas, capacitação e educação continuada, pois diga-se de passagem, existem educadores que precisam ser (re)educados, em todos os sentidos.

Não bastasse as dificuldades sócioeconômicas que encontramos nas escolas, ainda temos as questões relacionadas ao tráfico e uso de drogas – consequência direta das questões sociais mal resolvidas no país e da falta investimento em políticas públicas de qualidade – o que acarreta em  falta segurança nas escolas, que por sua vez faz vítimas entre alunos e professores. Se o estado não investe na sociedade, essa bomba vai explodir nas  escolas que é um barril de pólvora com o pavio aceso.

A escola tem as suas peculiaridades, e uma delas, tão importante quanto a disseminação de conhecimento, é ser uma instituição política, já disse o grande e inesquecível mestre, Paulo Freire, que com a sua “Pedagogia do Oprimido”, andou de braços dados com a “Teologia da Libertação”, um casamento perfeito que fez muito bem para a educação no Brasil, e se hoje temos a educação inclusiva nas escolas, e também a sócioeducação, foi graças à Paulo Freire e, à TdL (Teologia da Libertação), e aos movimentos estudantis e acadêmicos que abraçaram o movimento libertário denominado “Grito dos Excluídos.” É interessante dizer que a escola não avançou o quanto deveria, e hoje a escola exclui mais do que inclui, e isso passa pelo crivo da ignorância à cerca desses fatos relevantes que acabei de narrar, bem como aos interesses pessoais dos profissionais ali engajados -  que ajudam no retrocesso da caminhada da educação rumo à construção de cidadãos e cidadãs – quando ao invés de somar se dividem em facções, subtraindo a qualidade do ensino, da educação, do conhecimento e das inter-relações, multiplicando a decadência e o caos existente no ambiente escolar, que mais parece uma praça de guerra, muitas vezes com intensas e impensadas verborragias.