sábado, 24 de agosto de 2013

A diversidade além do preconceito e da exclusão

Diversidade
por Austri Junior


Com certeza a diversidade extrapola as fronteiras do culturalismo e até mesmo do pluralismo. O olhar atentamente clínico consegue capturar a essência da diversidade, que na sua amplitude - sexualidade, cor, raça, credo, cultura, conhecimento e religião..., também passa pela corporalidade e pela psique.

Indivíduos portadores de necessidades especiais, necessitam serem percebidos enquanto cidadãos do mundo e cidadãos de direitos, e não somente enquanto (ou como) "cidadãos especiais", visto que possuem os mesmos direitos e deveres inerentes à todas as espécies de cidadãos, assim como eles também são.

Valorizar esses indivíduos é tão importante quanto educar e conscientizar as pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de entenderem que as pessoas portadoras de necessidades especiais, sejam elas, cadeirantes, surdas, mudas, cegas..., são acima de tudo, portadoras de talentos e capacidades incríveis, de produzir, criar, inventar, inovar..., e por isso são tão especiais quanto você e eu!

A educação inclusiva é a ponte entre as pessoas especiais e a comunidade escolar, e extrapola os muros da escola, para extrapolar os muros e fronteiras da cidade e do pais, e ganhar o mundo. A participação desses atores em projetos artísticos, culturais, esportivos e sociais, é um "click" para a captura secular da imagem que pode retratar perfeitamente a importância desses indivíduos e seus valores, resgatando-os, e lançando-os como verdadeiros protagonistas e atores da sua própria existência e criação, enquanto criaturas e criadores da arte, da cultura, e de tudo o que eles desejarem criar, fazer, produzir, recriar, refazer, reproduzir... Excluí-los seria crime hediondo. Incluí-los e incentivá-los é reconhecer a capacidade de cada um desses sujeitos, e lucrar junto à sociedade, de experiências maravilhosas que podem com certeza, nos trazer (e trará) ganhos formidáveis, incontestáveis e inesquecíveis.