sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O vértice da educação

Educação,
por Austri Junior



Segundo o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 1995, um vértice é "o ponto mais elevado; cimo; cumo; ápice; ponto onde se reúnem os dois lados de um ângulo; ponto onde se reúnem as duas faces de uma pirâmide." É claro que a educação é tudo isso e muito mais. Aliás, o vértice é um ângulo matemático, e matemática tem tudo a ver com a educação em todos os seus aspectos: Adição, subtração, divisão, multiplicação... Se os dois lados de um ângulo convergem-se em um vértice, isso significa que eu poderia considerar que duas semi retas convergem-se em (perfeita) harmonia? Sinceramente não sei, pois não entendo nada de matemática (talvez os meus amigos, os matemáticos, Luiz Caetano Grecco Teixeira, Leonardo Stuepp e Alberto Coelho Neto possam nos orientar, fazendo um comentário aqui nessa postagem). Esse ponto de partida que escolhi para ilustrar e titular o meu texto é extenso e muito diversificado, por isso vou ficando por aqui, para entrar no assunto que ocupa realmente o meu pensamento sobre "o vértice da educação".

Penso que o vértice da educação é a conversão (transformação)! Teologicamente a conversão significa mudar o vértice, mudar a direção, transformar-se. Como tenho um Olhar Teológico sobre todas as coisas e ideias, vejo que a transformação do professor em educador, culminará no ápice da educação. O que realmente quero dizer com isso? Simples: Nem todo professor é um educador. O professor  ensina apenas os conteúdos. O educador se envolve e envolve o outro na sua busca por transformação. O educador busca a sua própria transformação e a transformação dos "seus" educandos. O educador se preocupa durante e após, o educador quer ver o crescimento dos educandos dentro e fora do contexto educacional e social ao qual os mesmos estão inseridos. O bom e verdadeiro educador faz intervenções pedagógicas, intervenções socioeducativas, e quando necessário, faz também  intervenções disciplinares. Ele orienta, consola, conforta, ama..., educa, ensina e aprende!

A educação no Brasil só vai melhorar quando os professores se transformarem em educadores. Diante desses fatos, posso dizer que  para melhorar a educação é necessário primeiramente educar aqueles que denominamos (ou que se autodenominam) educadores. Muitos reclamam dos estudante e de suas famílias, das escolas, do sistema, dos políticos que fazem pouco caso da educação... Entretanto, existem professores aos quais deveríamos dizer-lhes: "Pedi pra sair!" Pois muitos desse elementos estão deseducando os educandos, e atrapalhando a educação, e são uma grande vergonha para a sua classe, e não são referência nem para si mesmos. Não podem nem se olhar no próprio espelho. Para que a educação atinja o seu vértice é preciso que muitos desses professores se auto convertam, e uma vez convertidos, que mudem significativamente o ângulo dos seus vértices (direções): Ou melhora ou vá embora! Que se transformem em educadores ou que mudem de profissão.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O crime compensa?

("Pra não dizer que não falei das flores") 

Política/Sociedade

por Austri Junior


A minha geração cresceu ouvindo, aprendendo, e sendo ensinada pelos pais, pelos avós, pelos tios, pelos mais velhos que "o crime não compensa". Quero começar perguntando já no primeiro parágrafo: Há controvérsias? Eu gostaria, sinceramente (apesar de não ser jornalista) de entrevistar um bandido da favela e um político corrupto (de preferência um político corrupto que esteja condenado e cumprindo pena, o que é muito difícil de encontrar), para lhes perguntar: "O crime compensa?" É muita pretensão da minha minha parte, mas arriscaria dizer que o bandido diria que sim, e que o político corrupto diria que não cometeu crime algum.

 

Estariam os antigos errados? Teriam os valores mudados e invertidos, ou os antigos eram mais honestos? Seria verdadeira a afirmação de que o crime não compensa porque antigamente o crime não compensava mesmo, ou o crime não compensava para os pobres e para os negros, e por isso eles tinham essa visão em relação ao crime? De onde vem a afirmação de que o crime não compensa? Para quem realmente o crime não compensa? Sou descendente diretamente de negros e de índios, e sou de família cuja origem era de pessoas muito pobres, humildes e trabalhadoras, que sempre deram muito "duro" e "ralam" até hoje para conquistar  os seus espaços e para vencerem na vida. Claro que não sou diferente da maioria do povo brasileiro, e por isso sempre ouvi dizer (repito mais uma vez que) "o crime não compensa". Não estou dizendo que nas famílias abastadas não se pensa, não se pratica e não se compartilha da mesma visão, ou que não seja praticada a mesma ação. Lembro-me bem de que, se eu achasse algo na rua, ou se um "coleguinha" da escola me desse ou me emprestasse algo, a minha minha me sabatinava até à exaustão, e me fazia devolver tal objeto. Assim também criei e eduquei o meu filho.        

 

Hoje (principalmente) estou com a impressão de que no Brasil o crime parece compensar. Sou teólogo e como tal preciso lidar com a racionalidade e separar fortemente a razão da emoção. Um teólogo é um Cientista Social (embora há quem discorde veemente). A teologia ensinou-me que antes da apologética, e acima de tudo, necessário se faz lançar mão de duas ferramentas importantíssimas que são a exegese e a hermenêutica dos fatos, da história, e consequentemente dos acontecimentos, do texto e de todo o contexto ao qual tal situação esteja imersa e envolvida. 

 

Ontem tivemos a última seção da votação pelos embargos infringentes, onde o Decano Celso de Mello após duas hora de apologética do seu voto declarou-se favorável ao acolhimento dos infringentes. Acompanhei atentamente o discurso do Ministro que foi uma aula de direito e jurisprudência, onde ele, para justificar o seu voto, deu uma aula de jurisprudência histórica, falando a cerca da história dos julgamentos pelo STF desde os seus primórdios, ainda na época do império, falou sobre a situação do Supremo durante a ditadura militar, citou casos julgados em cortes internacionais (incluindo a Argentina), falou sobre a posição do Brasil nos acordos internacionais, citou o fato de que durante o governo FHC o Congresso rejeitou a votação pelo fim dos embargos... Como se havia dito sobre Celso de Mello, ele realmente é um Juiz muito competente e muito técnico. Gostei muito de ouvi-lo, aprendi bastante com a aula que ele deu, antes de votar, e entendi muito bem porque ele votou pela aceitação dos infringentes. O voto do Ministro Celso de Mello para mim não foi nenhuma surpresa. Como Cientista Social tiro o meu chapéu para ele, e apesar dos perigos que o voto dele nos traz, uma coisa podemos contemplar. José Dirceu terá que abandonar o seu discurso fajuto e manipulador que o coloca no  papel de pobre coitado, de vítima injustiçada e de "perseguição política", e com certeza a sua maléfica ideia de recorrer às cortes internacionais não faz mais sentido, pois o dito "chefe de quadrilha do mensalão" teve a sua segunda chance, que (infelizmente) consta do regimento interno do STF. 

 

A verdade é que a partir de agora o acolhimento dos embargos infringentes pelo Supremo poderá abrir precedentes para enxurradas de casos no STF e até mesmo em outros tribunais do pais. Processos e julgamentos intermináveis, casos que se arrastarão por longo anos. Cabe ao Congresso Nacional dar fim aos embargos infringentes, votando pelo encerramento e pela extinção dos mesmos. É fácil entender porque isso ainda não foi feito, pois os maiores e diretamente beneficiados por tão imoral recurso são em primeira instância os próprios Congressistas, que em sua maioria, vivem chafurdados em um mar de lamas e  de falcatruas políticas e financeiras com o dinheiro público. Mas nem tudo está perdido, sempre há uma luz no fim do túnel: Ontem o Congresso Nacional votou pela extinção ampla, geral e irrestrita dos votos secretos, o que me deixa um pouco mais animado. Já tem políticos propondo a extinção dos embargos infringentes, e espero que não demore muito para que isso aconteça. Apesar do acolhimento pelos embargos ter jogado um balde de água fria sobre o desejo de justiça que ferve no seio da sociedade (que já não está mais confiante no STF), espero que esse julgamento não acabe em pizza. Com certeza passaremos por muitos momentos de raiva e de ira, pois há a possibilidade de que algumas penas sejam diminuídas, revista, prescritas, e de que ladrões do erário público venham ser absolvidos durante o novo julgamento. Por isso ficamos com a eterna sensação de que não há justiça no Brasil, e de que o crime do Zé Dirceu é diferente do crime do "Zé Ninguém", que as falcatruas do Zé Genuíno é menor que as falcatruas do "Zé Bedeu", e que diante de tudo isso o povo brasileiro não passa de um  "Zé mané"...

 

A manifestação que estava marcada para ontem não  aconteceu, apenas vinte ou trinta bandidos mascarados do "black bloc" (que conseguiram esvaziar um mar de ideias), estavam em frente ao STF para protestar. Penso que o nosso protesto deve acontecer fortemente nas urnas (o que não impede o povo de sair às ruas, mas com muito cuidado por causa dos bandidos mascarados que põem tudo a perder). Não podemos deixar "passar batido" e impune os crimes  e toda a corrupção que o PT implantou no Brasil. O PT enganou quase todos, e implementou a ditadura da corrupção no país e precisa receber o troco nas urnas: PT NUNCA MAIS! Lula, Dilma, Dirceu, Genuíno, Mercadante..., fora com eles! O PSB já rompeu com esse governo corrupto e Eduardo Campos poderá ser mais uma opção. Espero que a Marina Silva consiga registrar  sua REDE SUSTENTÁVEL em tempo, para que haja frente à candidatura Dilma. Quem deveria tomar uma postura e romper com a corrupção também deveria ser o PMDB. É uma vergonha para um partido histórico e de tremenda luta contra a ditadura, como o PMDB, apoiar um governo corrupto como é o governo do PT. Penso que é uma grande ofensa às memórias do Dr. Ulysses Gumarães e do Presidente Tancredo Neves, esse apoio nefasto e incondicional que o PMDB empresta ao PT. Os antigos também diziam: "Quem se mistura com porcos, farelos come". O poder no Brasil é por tradição e culturalmente corrupto! A sensação que fica é de que no Supremo Tribunal Federal e principalmente no Brasil o crime compensa, e muito! Por isso, devemos ir às urnas em 2014, pois somente pelo voto conseguiremos exterminar a metade da podridão no Brasil. A outra metade será na base da pressão. Vamos para as ruas, sem os bandidos, sem os baderneiros, sem os mascarados, sem os extremistas e radicais, sem os black bloc. Precisamos retomar as lutas, sem armas, sem guerras, sem selvagerias. 

 

Falei sobre muitas coisas e disse o que queria 

Agora, deixo-vos essa poesia, 

ainda tão atual para para a nossa reflexão,

letra e musica valente,

que fala à nossa mente

e penetra fundo, o coração:

 

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Geraldo Vandré

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção


Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer


Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão


Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer


Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão


Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer


Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição


Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Composição: Geraldo Vandré ·

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O dia depois de amanhã - A novela dos embargos Infringentes

Sociedade
por Austri Junior

Todas as expectativas da vida política nacional dessa semana estão voltadas para o Ministro (Decano) do Supremo Tribunal Federal - STF, Celso de Melllo, e para o seu voto na ultima seção que define a aceitação ou não - no caso de Celso de Mello talvez possamos dizer que sim - pelos embargos infringentes. Em entrevista nesse fim de semana o Ministro Celso de Mello deixou claro mais uma vez de que não mudará o seu voto, e que no caso da aceitação pelos embargos (são pelo menos onze, podendo abrir-se precedências para mais, no futuro), "isso não quer dizer que as penas dos condenados no mensalão seriam mudadas". Você acredita nisso? Uma vez que se abra precedentes para os embargos infringentes, a possibilidade de absolvição dos condenados no mensalão se torna quase uma certeza. Acredito que já podemos encomendar as pizzas. Mas quero estar redondamente enganado.

Comentaristas e especialistas jurídicos já arriscam dizer que o Ministro Celso de Mello irá votar pelos embargos e que durante o processo ira manter as penas do réus. Supondo que o Ministro Celso de Mello pretende manter as penas dos réus, porque então, ele aceitará os embargos? Simples: Os embargos estão previstos no regimento interno do STF (e em nenhum outro tribunal nacional). É claro que se eu estivesse nos lugares do José Dirceu, José Genuíno, Marcos Valério e demais "quadrilheiros mensaleiros", eu iria querer essa segunda chance, e evidentemente, se esta existe, e é legal do ponto de vista jurídico (embora penso que seja imoral), com certeza isso justificaria o voto do Ministro pela aceitação dos embargos. Há quem diga que Celso de Mello é um grande técnico e que sempre fundamenta muito bem os seus votos. Isso também causa uma grande expectativa no meio jurídico. Todos os juristas estão querendo ouvir as suas fundamentações antes de votar. Inclusive eu que nada entendo sobre lei alguma, mas gosto muito de aprender.

A sociedade está fazendo uma grande pressão pelas redes sociais para que o Ministro vote contra a aceitação dos embargos, inclusive foi criada uma página no Facebook, onde está sendo pedido que esses mesmos embargos não sejam aceitos. Além do Facebook, outra ferramenta usada é o Twitter, e se você tem um perfil no Twitter aproveite para deixar o seu protesto lá também. O endereço do Supremo Tribunal Federal no Twitter é o @STF_oficial . Também está marcada uma manifestação com mais de mil presenças confinadas pelo Facebook, para a próxima quarta feira, em frente ao STF. Com certeza o dia depois de amanhã (quarta feira 18/09/20013) será decisivo para a política nacional e para a sociedade brasileira. Se aceitos, os embargos infringentes jogarão um balde de água fria sobre a sociedade brasileira, que cairá sobre as nossas cabeças como um iceberg de mil toneladas. Há quem já não acredita mais na justiça brasileira mas que ainda depositava no Supremo as suas últimas esperanças (entre esses estou eu). Confesso que quando vi praticamente todo o Brasil se manifestando nas ruas, recebi um novo fôlego político e como cidadão os meus olhos voltaram a brilhar de esperança, e comecei a  vislumbrar uma sociedade, melhor para mim e para todos. Ledo engano! Os políticos voltaram à estaca zero, e "tudo voltou a ser como antes no quartel de Abrantes..." 

Os protestos das ruas foram ignorados e as vozes das ruas não foram ouvidas. Grupos de baderneiros estragaram quase toda a luta que surgiu do anseio de mudanças no seio da sociedade, sem liderança, através das redes sociais. Os mesmos grupos de bandidos e baderneiros como o "black bloc" por exemplo, colocaram uma causa quase ganha a se perder, por falta de maturidade e visão política. Por falta da ética e da honestidade, quando quebram, invadiram, roubaram, destruíram e depredaram propriedades públicas e privadas. O feitiço virou contra o feiticeiro: O governo federal aproveitou a balbúrdia e o caos generalizado instalado no seio da sociedade, e enfiou goela abaixo, um plano que estava engavetado, chamado Mais Médicos.  O Programa Mais Médicos não atende os anseios da sociedade. Atende os anseios do governo federal de enviar ajuda financeira à ditadura cubana dos irmãos Castro, e tecem uma grande cortina de fumaça na saúde pública brasileira. A saúde e a educação continuam do mesmo jeito, ou seja piorando, e ninguém mais fala na fortuna gasta com dinheiro público nos estádios e nas Copas das Confederações e do Mundo. Porque voltei a esse assunto? Simplesmente porque não acredito que as nossas vozes serão ouvidas, mas acredito que não devemos desistir jamais. O dia depois de amanhã é quarta feira, mas não será o fim. O fim só chega quando acaba, e "se não deu certo ainda, é porque não chegou o fim". Depois da quarta feira, teremos a quinta feira, então poderei "começar de novo, e contar contigo..."

Se não pudermos contar com mais ninguém poderemos contar conosco mesmo, pois se cada um fizer a sua parte já terá valido a pena. Veja:

Começar De Novo

Ivan Lins

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido

Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as tuas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem tuas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo...
(Composição: Ivan Lins / Vitor Martins)

Então, "vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer..."

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O Ministro Celso de Mello e os Embargos Infringentes

Austri Junior,
filosofando.


Nada entendo eu sobre lei alguma. Por esse motivo, minhas palavras nessa postagem é apenas a opinião pessoal de um leigo na jurisprudência, e as conjeturas de um brasileiro preocupado com a ética na política e nas instituições jurídicas do pais, e sei que não sou o único. Não entendo nada sobre leis, mas entendo sobre a ética e sei que a ética deve pautar a convivência de todos na sociedade. Sei também que os que buscam a ética encontram muitos inimigos - pessoas contrárias à mesma. Parece que no Brasil o correto e o normal é não ter ou não praticar ética alguma.

Difícil é discutir a ética, quando a lei dá margem para várias interpretações, sendo que essas são subjetivas, e estão sobre o crivo hermenêutico daquele (ou daquela) que vai decidir. O "Dicionário Escolar da Língua Portuguesa" define assim, a palavra "decidir"Resolver; determinar; sentenciar; convencer; persuadir; induzir;  dar decisão; emitir opinião ou voto; resolver-se; optar. Tudo isso, em um só tempo e no mesmo momento, fará o Ministro do STF Celso de Mello, quando proferir o seu voto na próxima quarta feira, dia 18 de setembro de 2013, um dia  que marcará o destino dos réus do mensalão, mas que também marcará  o nome do Ministro Celso de Mello, na história, na  jurisprudência brasileira e na mente das brasileiras e dos brasileiros que estão política e intelectualmente "plugados" nos episódios que decidem o futuro da nossa nação.

Comentaristas políticos prudentes têm evitado adivinhar ou até mesmo afirmar qual será o voto do Ministro Celso de Mello na decisão dos embargos, entretanto, todos nós que acompanhamos o discurso do Ministro experimentamos a sensação de que esse voto pode ser pela aceitação dos embargos. Se isso acontecer, os réus julgados no mensalão terão nova chance de defesa, e nesse caso, teremos então uma grande chance de ver mais um caso acabar em pizza no pais, e infelizmente também veremos mais uma instituição brasileira cair no descrédito da sociedade. Espero sinceramente que o Ministro Celso de Mello não vote, não decida, não opte, não se resolva..., em favor, ou pela aceitação do famigerado embargos infringentes.

Nenhum de nós (leigos) embora não entendemos porque os embargos fazem parte do regimento interno do STF, e de mais nenhum outro tribunal, sabemos que o mesmo infelizmente é um instrumento jurídico legal. Entretanto a leitura que faço da aceitação desse instrumento legal no caso do mensalão, é que a aceitação do mesmo é imoral e antiético. Se aceito pelo Ministro Celso de Mello, os embargos infringentes, abrirão precedentes terríveis não somente no caso do julgamento do mensalão, mas também em muitos outros julgamentos, o que seria terrível para a justiça, para as instituições e para a sociedade brasileira, que já não acredita que existe justiça e condenação para culpados nesse pais, salvo, no caso dos negros e dos pobres. Esses sim, vão para a cadeia. Os que têm dinheiro para pagar os grandes advogados em sua maioria ficam livres. Principalmente os que comentem crimes financeiros.

As vezes tenho a impressão de que esse julgamento está tendo as suas cartas marcadas, e por isso cabem aqui, algumas perguntas. As repostas ficam por conta de cada um dos leitores do blog:
1) Quem indica os Ministros para o STF?
2) Quem os sabatinam?
3) As sabatinas realmente querem dizer realmente alguma coisa, ou é apenas um grande engodo? 
4) Não poderia algum desses Ministros esconderem as suas opiniões durante a sabatina?

Com certeza outras perguntas e respostas também cabem nesse texto. Tenho certeza que você, assim como eu, possui outras dúvidas bem como outras perguntas e respostas. Porém, a resposta mais importante sobre esse caso deve ser proferida na próxima quarta feira, e não será nem por você e nem por mim, mas por um especialista no assunto, o  Decano do STF, Ministro Celso de Mello. Esperemos...

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Reflexões de Austri Junior

“Tudo o que escrevo faço a partir de um pragmatismo, fruto da minha práxis acadêmica e intelectual, cuja essência, culmina na vivência social e observância atenta, não somente das partes, mas do todo (e de tudo).” 

Austri Junior


"Uma sociedade que busca a educação e o conhecimento, é uma sociedade transformada e transformadora, capaz de transformar tudo e todos à sua volta." 


Austri Junior



"A cultura que permeia a vida de cada pessoa, revela a identidade da comunidade em que cada uma dessas pessoas estão inseridas. Quanto mais cultura encontrarmos em uma comunidade, melhor será o nível de toda a sociedade. Entretanto, só buscam a cultura, os que encontraram a educação."  Austri Junior


"Uma sociedade transformada briga por justiça social, ética, transparência e cidadania. Essas ferramentas ajudam a equilibrar as relações, melhoram a convivência e nos aproximam da igualdade." Austri Junior

" Nem sempre os nossos olhos e os nossos ouvidos conseguem ver e escutar a verdade. Quando isso acontece a realidade é mascarada: A verdade passa a ser a mentira, e a mentira se torna a verdade...
Goebels, Ministro da Propaganda Nazista, dizia com orgulho:
"UMA MENTIRA REPETIDA VÁRIAS VEZES SE TORNA VERDADE".
E foi assim que Hitler contaminou toda a nação alemã, e disseminou o ódio contra os Judeus, quase exterminando uma raça inteira.
Para os perversos, exterminar alguém é muito fácil, tudo o que eles precisam é de pessoas com fé para creditar no que dizem." (Austri Junior)


"A Teologia não é religião. A Teologia é uma Ciência Humana/Social. Uma ferramenta analítica que estuda o fenômeno religioso e nos ajuda a entendê-lo." (Austri Junior)

" A  ciência é movida pela curiosidade, sustentada pela pesquisa e pela investigação. Sem a ciência, ainda estaríamos na idade das trevas. Muitos religiosos ainda estão!" (Austri Junior)

“A Educação é um caminho para a felicidade” (Austri Junior)

“Investir na educação é resgatar vidas. A começar pela minha!” (Austri Junior)

“A mediocridade se combate com o conhecimento.” (Austri Junior)

“Uma grande nação se constrói com distribuição justa da renda, educação e políticas públicas de qualidade. Educação Social e Inclusiva são ótimos caminhos.” (Austri Junior)

“Educação: Invista também nos melhores e ensine-os sobre como promover a Justiça Social, e verás quão frutuoso será o resultado.” (Austri Junior)

“É preciso ver a Educação com um novo olhar. Ressignificar os velhos conceitos, e construir novos paradigmas é mister e urgente, uma vez que na Educação o foco principal são as gentes.” (Austri Junior)

“Não são poucas as vezes que a escola erra, e erra muito. Escutar e ver não são suficientes. É preciso ouvir e enxergar”. 

(Austri Junior)

“A Educação é sempre o início de um projeto majestoso para as grandes realizações pessoais” (Austri Junior)

“Viver é construir relações. Educar é edificar seres humanos. O Educador deve ser um empreiteiro que constrói pontes e estradas para a vida” (Austri Junior)

“Educar é servir! Educando, contribuímos com o crescimento do outro e adquirimos conhecimento, servindo alcançamos a Graça. Portanto, ‘crescei na Graça e no conhecimento. ’” (Austri Junior)

A DIFERENÇA ENTRE O PROFESSOR E O EDUCADOR:
“O professor ensina conteúdos (e nada mais)! O Educador fala sobre a vida ensina valores, ajuda a construir o pensamento crítico, ajuda a ‘limpar as feridas’… O Educador não tem medo dos alunos, se envolve e envolve. O Educador conquista: Respeito e amizade sinceros, e devolve na mesma medida, enquanto o professor se preocupa com o livro de ponto, com o contracheque, com os bônus, com as greves… O Educador se preocupa com as gentes. Enquanto o professor só ver ‘marginal’ e ‘aprendizes’ de bandidos, o Educador ver o ser humano. Não estou delirando! Isso não é utopia e nem fantasia… Precisamos refletir e escolher quem queremos ser: Professor ou Educador. Todo Educador é um Professor em potencial, mas nem todo professor é um Educador.” (Austri Junior)










“O amor é maior força de um ser humano. Força é poder.” (Austri Junior)

“Não falo muito sobre a fé. A Fé é pessoal e subjetiva.” (Austri Junior)

“As pessoas que não possuem vida íntima com Deus desconhecem o seu poder, e têm medo e vergonha de falar do seu passado obscuro. As pessoas transformadas pelo poder do Senhor falam abertamente do seu passado e dão testemunho do poder de Deus. Dizer: Eu já fui um usuário de drogas, ou: Eu já fui uma prostituta’, simplesmente por dizer, é diferente de dizer: ‘Já fiz isso ou aquilo, mas o Senhor transformou o meu ser’. Pense nisso!”
(Austri Junior)

“As realizações pessoais também fazem parte de um longo caminho para o sucesso e para a felicidade” (Austri Junior)

“Algumas vezes nos distanciamos tanto, por tanto tempo das nossas famílias e dos nossos amigos, que quando nos reencontramos não os reconhecemos mais, e nem eles a nós. Dentre nós, alguns melhoram, outros pioram (ou simplesmente revelam aquilo que estava oculto), e nos surpreendemos com atitudes que não esperávamos. Isso não quer dizer que não os amamos mais, mas o que nos entristece mesmo é quando percebemos que aquelas pessoas que amamos são incapazes de compreender e enxergar questões óbvias. Estão cegas!” (Austri Junior)

“A pobreza, seja ela do tipo que for, deve ser combatida com toda a sua riqueza.” (Austri Junior)
“O rancor, esse devemos combater com a bondade, a misericórdia e a nobreza. O rancor é o fruto da pequenez humana! Bondade, misericórdia e nobreza, são atos de grandeza.” (Austri Junior)
“A pobreza é o fruto da injustiça social ou da preguiça pessoal. A mediocridade é a ‘salada mixta’ da pobreza, da preguiça e do desinteresse pessoal. A pobreza não serve como desculpa para o fracasso.” (Austri Junior)

“Não se preocupe com as atitudes ‘pequenas’ e muito menos com os seus autores. Com certeza eles passarão (ou ficarão), enquanto você cresce .” (Austri Junior)
“As mentes geniais e as mentes intelectuais sempre serão incompreendidas… Pelas mentes medianas e inferiores.” (Austri Junior)

“Uma ótima forma de conhecer a capacidade de socialização, humanização e aprendizagem de um indivíduo, é mensurando a sua capacidade de amar incondicionalmente e doar o perdão. Quanto maior for a sua generosidade, maior será a sua superioridade. O ser humano de dura servis, de coração duro e mente rancorosa, torna-se uma pessoa difícil de relacionar, extremamente antisocial, e impermeável ao conhecimento. Fecha-se em sua raiva, e torna-se incapaz de interpretar com clareza. O ódio, cega a visão, entenebrece o pensamento e encerra a mente do indivíduo, que não aceita mais nada além daquilo que conhece ou entendeu, fazendo-o rejeitar o produto do interlocutor contra o qual ele se rebelou e excluiu.” (Austri Junior)

“As mentes inferiores gostam de se enganar com textos ‘sagrados’. As mentes comuns se deixam enganar pelos textos ‘sagrados’. As mentes superiores questionam todo e qualquer texto”. (Austri Junior)

“Precisamos enxergar mesmo não tendo olhos, ouvir mesmo não tendo ouvidos. Em muitos e delicados momentos, precisamos nos calar mesmo possuindo uma LÍNGUA. Jamais devemos reproduzir o mau e o mal que vemos, ouvimos, sentimos e ou possuímos. A nossa missão deve ser sempre: TRAZER palavras amigas e LEVAR a Paz, a esperança, e o conforto a todas as pessoas. Se agirmos assim, ao fim de cada dia teremos plantado uma ótima semente em nossos corações, mas principalmente nos corações dos outros, evitando as mágoas, os aborrecimentos, os ressentimentos… ‘O caminho se faz caminhando’. Durante o percurso fazemos muitas e variadas escolhas, isso faz parte do nosso aprendizado e do nosso crescimento, pois o homem não é um ser pronto, concluído e fechado em si mesmo. E mesmo que não perceba, a sua vida está sempre se transformando. O ser humano possui a beleza e a riqueza de se auto construir e de Ressignificar a sua própria existência! O Amor e a alteridade devem ser as nossas bússolas. O primeiro nos leva à aceitação do outro como ele é. O segundo nos faz entender o quanto doem as atitudes negativas de outrem. Portanto, antes de uma atitude negativa façamos uma Reflexão, e nos coloquemos no lugar do outro. Com atitudes positivas certamente as nossas vidas serão bem melhores.” (Austri Junior)

“Quem tem sede cava o poço. Não espera pela chuva!” (Austri Junior)

“A verdade é que não fazemos a mínima ideia de quanto as nossas vidas impactam as vidas de outras pessoas.” (Austri Junior)

“Toda relação deve estar fundamentada no respeito. Cuidar uns dos outros ajuda a construir relações sadias e duradouras!” (Austri Junior)

“No ambiente de trabalho, devo enxergar sem olhos, escutar sem ouvidos, e não reproduzir o mau e o mal que vejo e ouço. A minha missão deve ser sempre, TRAZER palavras amigas, e LEVAR esperança a todos!” (Austri Junior)

Ao Mestre com carinho...

Poesia 
de Austri Junior


 Aos Mestres, com todo o carinho que um Mestre merece!


Ser Mestre vai além do diploma e da academia.
Ser Mestre é fazer discípulos que o seguirão, 
e transmitirão os seus passos.

O Mestre e a Mestra são muito mais que professores,
são Educadores que ensinam lições para toda a vida, 
e serão imortalizados no bojo de suas ideias e conceitos,
serão lembrados pelas suas condutas e ideais…

O Mestre e a Mestra merecem o respeito de todos,
o respaldo dos governantes, o reconhecimento da sociedade.

Eles precisam do carinho dos seus discípulos e discípulas!
Aqui está a minha homenagem aos meus Mestres e às minhas Mestras, 
que ajudaram a construir o ser humano que sou hoje,
que muito significaram e significam em minha vida.
Muitos deles não passaram, e jamais passarão.

À um deles homenageei significativamente há vinte e seis anos atrás, 
dando ao meu filho o seu nome: Átila!

Hoje, escrevo essa mensagem, que à todos dedico:
Aos meus Mestres com todo o meu amor e carinho!


Austri Rodrigues (meu velho pai), Luiz Caetano Grecco Teixeira, Carlos Eduardo Calvani; Átila José, Maria de Lourdes, Marília Banacossa de Carvalho, Ricardo Quadros Gouveia; Wanderley Pereira Rosa... (E tantas outras e outros cujos nomes não estão citados, mas estão sendo amplamente homenageados).

Atualizado em 10 de Outubro, de 2013 (pelo autor)