segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A sociedade brasileira em plena e total decadência...

Comportamento
João Kleber - Um lixo na Rede TV
Como estou sem TV por assinatura (os que me acompanham aqui no blog sabem porque), ontem, antes de dormir, resolvi assistir um pouco de TV. Não sei quanto a você, mas para mim, a programação da TV aberta é um grande lixo. No domingo piora totalmente, tornado-se um grande lixo total (apesar de que as TVs pagas não são lá grandes coisas também). Em fim, passei pelo canal Rede TV. Fiquei horrorizado com o que pude presenciar e analisar: O nível da violência na sociedade brasileira. 

O ator (se é que posso chamar assim), fazia lá a sua "brincadeira", a maioria de muito mal gosto, com o cidadão e com a cidadã, e logo em seguida era agredido violentamente de todas as formas, desde chutes, socos, mata-leão, até golpes com bolsas e palavrões. Não houve um caso, que eu tenha visto, que o cara da pegadinha (vamos chamá-lo assim), não tenha apanhado pra valer. O pior de tudo é que o apresentador, João Kleber, ria-se compulsivamente, falava o tempo todo, dizendo que o programa estava "muito divertido" e que nós os telespectadores, iríamos dar muitas gargalhadas. Sinceramente, não me diverti com isso, e não dei nenhuma gargalhada daquela pantomina barata. Muito pelo contrário. 

Fiquei imaginando que tipo de pessoa assiste a um programa desses, e qual o nível mental, intelectual e até mesmo espiritual dessas pessoas? Tive a clara compreensão de que a violência ali contida, era o foco da "graça" e da desgraça do violentado em questão. Também pude observar que enquanto o cara apanhava feio, a produção demorava-se para interferir, e quanto mais o cara apanhava, mais o apresentador morria de rir. "Que pais é esse...?"

Vendo aquela violência toda nas pegadinhas lembrei-me dos black blocks, de Santiago Andrade, das quebradeiras e atos de vandalismo que chamaram de manifestações. Lembrei-me das brigas e confusões, tiros, facadas, pauladas, e das agressões contra as mulheres, que todos os dias vemos na TV, e é claro, sem dúvida, lembrei-me do artigo que postei na semana passada, aqui no blog, intitulado "Triste Brasil!"

Cansei de ver essa porcaria, e continuei descendo até que me deparei com pegadinhas mais inteligentes no SBT, era o Silvio Santos. Ele fez escola com esse tipo de programa no Brasil. Mas vi no SBT uma pegadinha que veio corroborar com a violência que se detecta facilmente no seio da sociedade brasileira: Uma moça pedia informação à um homem ou rapaz, e logo em seguida, passava a torcida do Corinthians e levava o vestido dela. A moça pede para que o rapaz vá buscar o seu vestido. Alguns se recusam com medo de serem agredidos. Um deles diz: "Tá lôco? É a torcida do Curíntia!

Todos sabem que se meter com torcidas organizadas só tem dois caminhos: Hospital ou cemitério! Principalmente se a torcida for a do Corinthians. A maioria das torcidas organizadas na realidade são constituídas de marginais agrupados, que talvez podemos chamar de criminosos organizados, ou, clube da violência gratuita. Não há nenhuma diferença entre as torcidas organizadas que promovem a violência gratuita e os black blocks. Talvez a única diferença mesmo, entre eles, é que os black blocks, recebem dinheiro de alguns partidos políticos, entre eles, o PSOL, para roubar, matar e destruir tudo e todos à sua frente, segundo declarou à policia, o assassino de Santiago Andrade.

A violência infelizmente já faz parte do seio da sociedade, e está arraigada no seio da família brasileira, e infelizmente isso tudo é cultural. Uma cultura podre, que podemos viver muito bem sem ela. Devemos repudiar, rechaçar, condenar veementemente a violência e programas de TV que incentivam essa violência. No meu entender, esse tipo de lixo televisivo só faz incentivar a violência no seio da sociedade. Todos os dias, ligamos os nossos aparelhos de televisão, e só o que vemos é isso: Violência! Homens agredindo e matando as suas companheiras, colocando fogo na casa, matando seus filhos... Filhos matando os pais, idosos sendo agredidos pelos filhos, pelas noras, pelos netos...  

Hoje bem cedo ao tomar o ônibus no Terminal Rodoviário Urbano, depois de esperar na fila por 20 minutos, quando o coletivo parou na plataforma de embarque, e abriu a porta desloquei-me para adentrar e quase fui derrubado por dois meninos, um que parecia ter sete anos de idade, e o outro, oito anos. Junto com eles a mãe, uma senhora muito gorda. Imagine a cena: Eu subindo a escada do coletivo imprensado por duas crianças e uma senhora enormemente gorda, num lugar onde mal cabem duas pessoas magras. Tomei um enorme susto e tive que me segurar para não cair na plataforma. Eu não esperava que os três aplicassem o golpe de furar a fila, pois estavam à parte, com se estivessem na fila de outro coletivo, e de repente PAM!!!

Que tipo de indivíduos podemos esperar que esses meninos venha se tornar no futuro, quando a própria mãe os ensina a furar fila, desrespeitando, regras, leis e pessoas. É a famosa "Lei de Gerson" - levar vantagem em tudo. Certo?! O famoso "jeitinho brasileiro". Lastimável! Vemos isso todos os dias: Mães ensinado os seus filhos a furar as filas, correr na frente para lhes guardar lugar no acento do ônibus, enquanto as pessoas que estão lá no fim da fila esperam para adentrar, e quando chegam dentro do coletivo têm que viajar de pé, enquanto as espertalhonas vão sentadas... 

A minha mãe é quem foi referência na minha vida, e me ensinou a ser o cidadão que sou hoje. O que isso significa? Significa que a minha mãe foi a minha referência de certo ou errado. Você acredita que essa mãe aqui citada não será a referência desses meninos no futuro? Claro que sim! O que podemos esperar de meninos cujas mães lhes ensinam coisas erradas? Há casos de famílias inteiras agindo juntos no crime, na venda de drogas, roubando... Aqui nas periferias da Grande Vitória existem casos de mães que vendem a virgindade das suas filhas com menos de 14 ou 16 anos para os traficantes em suas regiões. Que tipo de sociedade podemos esperar, com atitudes tão nefastas quanto essas? Que tipo de sociedade estamos construindo? Qual o legando vamos deixar para as futuras gerações? Por isso continuo insistindo: Triste Brasil!