quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Filhos, um tesouro inestimável!

por Austri Junior

Para a grande maioria dos pais os filhos são o seu tesouro, e não poderia deixar de ser diferente. Evidentemente cada pessoa cuida desse tesouro segundo a sua cosmo visão, e os valores e princípios éticos, morais, sociais, religiosos…, que herdou dos seus pais, e de acordo com o conhecimento que adquiriu ao longo de sua caminhada pela vida. Pessoas com crenças e valores religiosos educam os seu filhos segundo as suas convicções e experiências religiosas. As pessoas que cultivam outros valores agirão da mesma forma, e ambas, estarão sempre buscando aquilo que pensam ser o melhor para os seu filhos.

Ao buscar o que é melhor para os filhos, os pais dão o seu melhor, fazendo o que podem, e muitas vezes até mesmo o que não podem, e isso vai da área financeira, à educação acadêmica e social. Dar o melhor para os filhos não significa enchê-los de mimos e falta de limites, muito menos o fornecimento de celulares para crianças de cinco anos de idade, ou abandoná-los à própria sorte, acompanhados de jogos eletrônicos, tablets e computadores, sem nenhuma orientação e supervisão, tenham as nossas crianças a idade que tiverem. Filhos são tesouros inestimáveis, e devemos cuidar dos nossos filhos muito mais do que cuidamos das nossas joias, automóveis, cartões de crédito, contas bancárias…

Cuidar bem dos nossos tesouros, envolve a valorização dos profissionais capacitados para cuidarem das nossas finanças como por exemplo, os gerentes de contas e investimentos, corretores de títulos e capitalizações, corretores de imóveis… Nós não levamos o nosso automóvel, novo, velho, antigo ou clássico à uma oficina mecânica meia boca, ou “boca de porco”. Os pais que têm condições financeiras boas pagam caríssimo por uma educação  em escola particular, ou em uma creche. Mas vemos também, alguns pais que apesar de dar aos seu filhos as melhores roupas, os melhores alimentos e artigos necessários para o cotidiano da criança, preferem pagar uma mixaria ao que chamam de babá, para não pagarem um salário justo, digno, e para fugirem dos impostos e encargos. Valorizar os profissionais que cuidam do nosso tesouro significa cuidar bem desse tesouro.

O que mais me espanta são os pais que confiam os cuidados dos seus bebês à pessoas despreparadas. As consequências médias – e não menos perigosa para a criança – é sofrerem agressões e maus tratos. Infelizmente isso acontece em todos os lugares: dentro de casa ou nas instituições públicas, ou privadas e infelizmente isso foge ao nosso controle. Mas o pior que os pais podem oferecer aos seus filhos, é confiá-los aos cuidados de pessoas com sérios problemas de ordem, psíquicas e emocionais, sem se dar conta de que os seu filhos estão correndo um grande risco. O mínimo que pode acontecer à criança é absorver uma personalidade doentia, esquizofrênica, conturbada, que pode causar grandes consequências que poderão se manifestar mais tarde em forma agressividade, ou de submissão, ou insegurança…, o pior, é que em um momento de surto psicótico aquela pessoa pode matar o seu filho, sem se dar conta do que está fazendo ou acontecendo, e então será tarde demais. Precisamos cuidar bem dos nossos tesouros, amá-los, protegê-los…, eles não têm preço, e os seus valores são demasiadamente inestimáveis.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Se não priorizarmos a vida, só nos restarão as crises e o caos para serem administrados.


O mundo sempre esteve envolvido em crises e em conflitos. Tudo o que estamos vendo acontecer no oriente médio nos dias de hoje não é nenhuma novidade, mas isso não diminui a gravidade do problema, pelo contrário. Pelo fato de que o mundo se torna cada vez mais um lugar hostil para vivermos e criarmos os nossos filhos, é que não conseguimos olhar para a situação dos refugiados sírios sem nos sensibilizarmos e sofrermos com eles. À isso chamamos solidariedade, misericórdia, compaixão... Todo ser humano deveria ter direito à paz ao invés de conflitos. Todo ser humano deveria ter na consciência (mente) a solidariedade, e no coração (alma, sentimento) a misericórdia e a compaixão... Mas, para muitos, ao lerem essas palavras poderão retrucar: "filosofia barata!"

E porque  a solidariedade, a compaixão e a misericórdia, que deveriam ser prioridades nas relações humanas, tornaram-se parte dos discursos religiosos, muitos tendem fechar os olhos e as mentes (as portas e as fronteiras) para as situações mais graves que envolvem crianças inocentes, idosos frágeis, mães desesperadas, pais impotentes, que vivem um caos social e um pesadelo infernal que para eles parecem não ter mais fim.

Foi por causa de atitudes como essas que o nazismo instalou-se na Alemanha, infiltrou-se na América Latina, e quase dominou a Europa. Quando olho para a situação dos refugiados sírios hoje, a minha mente é remetida ao passado, e o que vejo é uma situação semelhante àquela que desencadeou o maior ato de ódio xenofóbico contra os judeus alemães, poloneses e austríacos, que acabou gerando o maior genocídio de todos os tempos.

Para alguns pode ser exagero da minha parte, mas para aqueles que estão sendo rejeitados, presos, derrubados por repórter com uma rasteira, enquanto tentam escapar para a vida, carregando no colo um criança assustada, e sendo tratados como animais selvagens, com certeza as minhas palavras farão muito sentido. É por isso que a Alemanha de Angela Merkel tenta acolher como pode, essas famílias desesperadas, mas o povo alemão já não está mais apoiando a atitude da sua Chanceler, como no início. Lembro-me de que a história mostra que Adolph Hitler tinha o apoio da maioria do seu povo, para as atrocidades que cometeu, permitiu, e autorizou, contra a humanidade, e em seus crimes de guerra.

As relações cordiais há muito tempo perderam lugar para o ódio, para o racismo, para o medo, para a xenofobia, para o egoísmo e para a intolerância religiosa. Os seres humanos, desumanamente estão voltando ao seu estado mais primitivo, e a prova disso são as construções das cercas construídas em nações divididas por ideologias, que separam famílias dentro da sua própria pátria, e não somente isso, mas temos também as cercas que separam nações e excluem pessoas. Palavras como compaixão e misericórdia soam como discursos religiosos para os incrédulos, filosofia barata para os intelectuais frios, apelo e chantagem emocional para os racionalistas, e infantilidade para os que se julgam visionários maduros, e analisam tudo apenas do ponto de vista político, jurídico e  econômico. A verdade é que, se não houver o mínimo de sensibilidade à vida e aos valores humanos nenhuma política e economia poderá ser considerada, pois a organização de uma nação se faz com gentes e para as gentes. Sem pessoas não haverá nenhuma sociedade organizada, o que sobrará para o mundo resolver e administrar serão apenas o caos, as guerras e as crises humanitárias. Já estamos vivenciando isso!
Postado originalmente no Blog Austri Junior em 02.11.2015
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Refugiados
Crise na Síria