terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Os "Ratos" e a ética

Tenho pensado muito nas (últimas) palavras que o "tio Ben" disse para o "Peter Parker", quase que em um "ato profético", ou quem sabe, lá no fundo (ou no raso mesmo), ele sabia que o seu sobrinho era o "Homem Aranha". Ben Parker sabiamente aconselhou o seu jovem sobrinho, que com tão tenra idade, já carregava sobre os ombros o peso de "salvar a humanidade".


Disse ele (mais ou menos assim) para o jovem in-deciso, in-seguro, in-certo:
"Com grandes poderes, vem as grandes responsabilidades".
Essa frase ficou famosa e ganhou o mundo. Quase todos conhecem esse legado sapiente que o tio Bem deixou para o sobrinho Peter, que, evidentemente, no momento de tomar decisões importantes, antes de camuflar-se sob a identidade do Spider Man, ponderou, pesou, mediu e "ouviu" essas palavras, que ecoaram forte e poderosamente em sua mente heroína.


Penso que as palavras do Ben Parker precisam ser ensinadas nas escolas, nas igrejas, nas faculdades, nos cursos de pós graduações... na política, por onde quer que passemos, com quem quer que falemos. É sobre tudo, uma questão de ética.


Nos últimos tempos temos visto e ouvido falar em muitos escândalos, políticos, finaceiros, administrativos,, eclesiásticos... todos passando pela falta da ética, e pelo excesso da ganância, onde a desonestidade, e os interesses pessoais sobrepujam os interesses coletivos e o bem estar dos outros. Ouvi muito duas frases muito negativas e decepcionantes, mesmo porque, saíram da boca de uma pessoa que eu admirava muito, e a tinha em mais alta conta. Isso se deu entre os anos de 2010 a 2012. As frases ditas, são:
- "Quando a farinha é pouca, o meu pirão primeiro";
-  "Eu não vou sacrificar o meu trabalho, a minha posição e a minha família  por ninguém!"


Com toda certeza eu não precisarei sacrificar a minha vida ou família por nada ou ninguém, se eu tiver compromisso com a verdade e com a ética, com o certo e o correto. Se eu não compactuar com as coisas erradas e não me esconder por detrás de uma máscara de bondade, não precisarei manipular as pessoas, e nem maquiar os fatos... Mas se eu não me posiciono corretamente e não assumo atitudes positivas e coerentes, certamente terei que sacrificar alguém para manter a minha vida, a minha família, o meu trabalho e o meu salário, quando a bolha estourar.


Na condição de presidente da república, pastor de uma instituição eclesiástica, coordenador de algum progama social, diretor de uma escola, professor, ou mesmo de um "simples subalterno", ou quem sabe um "simples estagiário", o meu compromisso deve ser com a verdade, com a coerência... Se a minha função é cuidar dos outros, e, principalmente se esses outros forem  pessoas que não têm vez ou voz, então devo mergulhar profundamente na minha tarefa, e realmente cuidar daqueles que precisam de mim, e não virar-lhes as costas para não sacrificar a minha posição. Não posso ser omisso com os pequeninos e conivente com os ratos perversos e hábeis em furtar as oportunidades dos outros para "se dar bem".


A ética e a responsabilidade devem nos acompanhar em nossos fatos e feitos, e se preciso for, nademos contra a maré e lutemos contra tudo e contra todos os ratos, incluindo os ratos oportunistas, os ratos omissos, e  os ratos covardes... Lembre-se: Não conte com o apoio daqueles que lhe procurava para se queixar da injustiças e desmandos, das omissões e das explorações dos ratos oportunistas. Quando a bolha estourar, esses "amigos" que choramingavam vão sair correndo e vão lhe abandonar. Você estará sozinho, pois aqueles que reclamavam, e que você pensava que eram seus amigos, você descobrirá às duras penas que eles não eram quem você  pensava que fossem, você descobrirá que esses não passam de ratos covardes e omissos, que vão correr e se esconder nos bueiros, que é o lugar deles. Ratos não conhecem o que é compromisso e nunca ouviram falar de ética. Ratos são apenas ratos. São espertalhões mas são covardes, e fogem ao mínimo sinal de perigo.


Lembre-se:  "Com grandes poderes, vem as grandes responsabilidades".
Por último, gostaria de  ponderar que por menor que sejam os nossos poderes (não precisamos ser super e muito menos heróis), grandes serão sempre, as nossas responsabilidades.

Austri Junior - Editor